Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Virginia Araujo |
Orientador(a): |
Ferreira, Joseli de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/29381
|
Resumo: |
A malária no Brasil teve grande redução no número de casos nos últimos anos, porém as conquistas alcançadas podem ser comprometidas se as ações de vigilância e controle não forem fortalecidas. O Plasmodium vivax, espécie predominante no Brasil, permanece um desafio para essas ações devido a possibilidade de recaída e falta de diagnóstico dos estágios hepáticos inativos (hipnozoítos), e parasitemia assintomática. A sorologia para a proteína circumsporozoíta (CS) do P. vivax tem sido utilizada como indicador de transmissão e exposição recente à malária, contudo os dados são discordantes. Além disso, a aquisição natural de anticorpos para antígenos plasmodiais pode estar associada à presença de polimorfismos nos genes que regulam a resposta imune do hospedeiro. O objetivo desse estudo foi caracterizar a resposta imune humoral naturalmente adquirida contra a proteína CS de P. vivax, avaliar a influência de polimorfismos no sistema HLA e nos genes de IFN-\03B3, IL-10 e da iNOS na modulação da resposta, e verificar se a soroprevalência para a proteína CS de P. vivax poderia ser uma boa ferramenta para monitorar a exposição e a distribuição das espécies plasmodiais. Foram avaliados voluntários de Porto Velho, Rondônia, diagnosticados por microscopia e PCR. Sequenciamento genômico das amostras determinou as variantes de P. vivax. Testes de ELISA, Luminex e Reação de Griess foram utilizados para dosagem de IgG e subclasses, das citocinas e do NO, respectivamente. Os polimorfismos das citocinas e iNOS foram detectados por PCR e a tipagem do HLA utilizando Luminex® xMAP®. Os resultados demonstraram que a prevalência de IgG para a CS de P. vivax (62%) foi maior do que para P. falciparum (49%) e P. malariae (46%), e 28% da população exposta à infecção não teve anticorpos detectados para nenhum dos peptídeos testados Os níveis de anticorpos IgG para a PvCS foram inferiores quando comparados aos níveis de IgG contra antígenos de estágios sanguíneos de P. vivax (AMA-1 e MSP-1), os quais apresentaram aumento nos níveis de IgG na presença da infecção. Indivíduos portadores dos haplótipos DRB1*07~DQB1*02 e DRB1*04~DQB1*03 apresentaram maior frequência de respondedores para a PfCS e dos haplótipos DRB1*16~DQB1*03 para PfCS e PvCS. Em contraste os portadores dos alelos HLADRB1*01 e HLA-DQB1*05 apresentaram uma maior frequência de nãorespondedores para PvCS, PfCS e PmCS. A avaliação da proporção genotípica dos polimorfismos de IFN-\03B3, IL-10 e NO evidenciou que a presença do alelo C dos SNPs IL10A-592A/C e -819T/C estava associada com baixos níveis de IL-10 e de parasitemia, e com aumento de resposta de IgG para a CS da variante P. vivax-like. Dentre as variantes de P. vivax, a VK210 foi a infecção predominante, e a prevalência de IgG para as variantes foi 80,7% para VK210, 68,3% para VK247 e 65,6% para P. vivax-like. A soroprevalência contra as repetições da proteína CS mostrou que em áreas de baixa transmissão, os anticorpos naturalmente adquiridos quantificados em um único estudo transversal parecem não ser uma boa ferramenta para monitorar a transmissão à malária. |