Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Christiane Costa |
Orientador(a): |
Martins Filho, Olindo Assis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23665
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Resumo: |
No Brasil, a Febre Amarela está presente principalmente na região Norte, Centro Oeste, parte do Maranhão, Bahia e Região Sudeste. Estudos recentes do Ministério da Saúde do Brasil (MS) têm demonstrado uma expansão considerável da área de risco de infecção pelo vírus da febre amarela, com consequente ampliação mandatória da área territorial de cobertura vacinal antiamarílica. A suscetibilidade à doença é geral e irrestrita. Não há tratamento específico para a doença e a vacina é a forma mais segura de prevenção. Diante disso, foi realizado um estudo descritivo-analítico de aspectos fenotípicos e funcionais da memória imunológica no contexto da duração da imunidade pós-vacinação contra Febre Amarela em adultos primovacinados. E para tal, foram aplicadas técnicas para identificar um conjunto mínimo de biomarcadores como correlatos de proteção. O Estado de memória das células T circulantes (Naive-N / early efector-eEf / Memória Central-CM / Memória efetora-EM) e células B (Naive-N / Memória-não-clássica-nCM / Memória-Clássica-CM) juntamente com o perfil de citocinas intracitoplasmáticas (TNF/IFN/IL- 10/ IL-5) e com o perfil de expressão gênica de citocinas e cuimiocinas (CCL2, CXL10,CCL5, CXCL8,IL-6, INFb1,TNF,IL-12 , IFN g, IL-5 e IL-10) foram monitorados antes de vacinação NV(day0) e em pontos de tempo distintos após a vacinação primária com a vacina 17DD (PV(day30-45); PV(year1-9) e PV(year10-11)). A vacinação primária desencadeou no dia 30-45 um aumento de vários biomarcadores relacionados com a memória fenotípica e funcional em comparação com o dia 0 (eEfCD4; EMCD4; CMCD19; EMCD8; IFNCD4; IL-5CD8; TNFCD4; IFNCD8; TNFCD8; IL-5CD19; IL-5CD4) com a maioria deles persistindo em PV(year1-9) e diminuindo consideravelmente 10 anos após a vacinação PV(year10-11), independentemente da idade do indivíduo. A expressão gênica de CCL5, CXCL8, TNF, IL-12, INF e IL-10 apresentou um diferença significativa nos indivíduos vacinados PV(day30-45) e PV(year1-9) em relação ao indivíduos não vacinados NV(day0) e diminuiu consideravelmente no grupo PV(year10-11).O tratamento de dados de alta dimensionalidade, a partir de algoritmos abrangentes de biologia de sistemas, definiram EMCD8 e IL-5CD4 como os dois melhores preditores fenotípicos e funcionais de memória, e IFN e IL-10 como os melhores biomarcadores de expressão gênica pós-vacinação com a vacina17DD. Estes 4 biomarcadores associados ao PRNT foram considerados uma ferramenta útil para monitorar as respostas da vacina antiamarílica e a persistência da memória em populações distintas. Essas descobertas podem, em última análise, contribuir para rever ou manter as atuais diretrizes nacionais de políticas de imunização que recomendam uma dose de reforço 10 anos após a vacinação primária com a vacina 17DD. |