Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Letícia Sophia |
Orientador(a): |
Guarneri, Alessandra Aparecida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
s.n.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56773
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Resumo: |
Os triatomíneos são os insetos vetores do Trypanosoma cruzi Chagas, 1909¸ agente etiológico da doença de Chagas. São insetos hematófagos, de hábitos noturnos, que se mantêm escondidos em abrigos durante o dia. Os triatomíneos apresentam um padrão bimodal de atividade locomotora não orientada, com um primeiro pico, que tem sido relacionado com a saída do abrigo para a busca do hospedeiro, ocorrendo nas primeiras horas da noite, e um segundo pico no final na noite, relacionado com a volta para o abrigo. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência de diferentes condições fisiológicas, do estádio e do sexo na atividade locomotora não orientada de Rhodnius prolixus. Além disso, avaliamos se existe uma relação entre os níveis de atividade locomotora não orientada e o comportamento de saída do abrigo. Por fim, avaliamos se esses comportamentos são influenciados pela quantidade de reservas nutricionais dos insetos. A atividade locomotora de ninfas e adultos recém mudados, em jejum e logo após a alimentação foi individualmente quantificada em actômetros. O comportamento de saída do abrigo foi analisado em arenas de vidro que continham um abrigo artificial e a presença de um hospedeiro. A quantificação da atividade locomotora não orientada mostrou que, de maneira geral, os adultos se movimentaram mais do que as ninfas, e se movimentaram mais quando estavam em jejum. Já as ninfas se movimentaram mais quando estavam alimentadas e especialmente durante a fotofase. A atividade locomotora não orientada não foi relacionada com a decisão de saída do abrigo. Cerca de metade dos insetos foi encontrada fora do abrigo no final dos ensaios. A saída desses indivíduos ocorreu independentemente do período do dia, do sexo, e dos níveis de atividade não orientada. Além disso, foi observado que nenhum dos fatores avaliados (índice de peso, número de movimentos, quantidade de triglicérides e de glicose) influenciou a saída do abrigo durante a escotofase. Nos ensaios realizados durante a fotofase a decisão dos insetos em sair do abrigo foi influenciada pelo índice de peso e os níveis de triglicérides. Por fim, o nível de atividade locomotora não orientada foi influenciado pelos níveis de glicose e índice de peso, mas somente nos ensaios realizados durante a escotofase. As diferenças comportamentais encontradas entre os estádios e condições fisiológicas indicam capacidades possivelmente distintas de dispersão e que consequentemente influenciariam na capacidade vetorial destes triatomíneos. |