O processo do trabalho no Autocuidado em Hanseníase à luz dos modos tecnológicos de intervenção em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cruz, Jessíca Reco
Orientador(a): Medeiros, Marcílio Sandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57168
Resumo: Introdução: A hanseníase, doença milenar, estigmatizada é responsável por provocar disfunção crônica de origem infecciosa causada pelo Mycobacterium Leprae, com impactos biopsicossociais, cujo cuidado tradicionalmente limita-se, muitas vezes, à dimensão biológica da doença por meio do tratamento medicamentoso. Objetivo: Analisar o processo de trabalho no autocuidado em hanseníase à luz dos Modos Tecnológicos de Intervenção em Saúde. Metodologia: A pesquisa é de abordagem qualitativa baseada em exame da literatura e em entrevistas com especialistas, para a identificação do objeto do trabalho, o instrumento de trabalho, a organização do trabalho e produto do trabalho. Na primeira etapa da pesquisa foi realizado o exame da literatura. Na segunda etapa da pesquisa foi realizado entrevistas com especialistas. O período do estudo variou de acordo com as fontes, entre o dezembro de 2021 a maio de 2022. Para analise da entrevista usou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). O grupo de participantes da pesquisa foi composto por oito entrevistados selecionados pelo critério de maior representatividade social. A pesquisa ocorreu após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), sob o parecer 5.282.699. Resultados: A amostra final da revisão revisão de literatura foi composta por n=26 artigos (figura 1). 46% dos artigos apontam como o principal objeto de trabalho o autocuidado a pessoa com hanseníase. Os instrumentos de trabalho mais utilizado, segundo a literatura foram as escalas padronizadas pelos serviços de saúde as entrevistas estruturadas. A organização do trabalho se deu em sua maioria na formação de Grupos de Autocuidado (GAC). O principal produto do autocuidado segundo a literatura é a construção de um espaço educativo, de convívio e promoção da saúde e bem estar. A discursividade coletiva dos profissionais de saúde corroboram com a ideia, enfatizando que o produto do trabalho é promover a qualidade de vida do paciente, mitigando as sequelas da doença, no sentido preservar a acuidade visual e a integralidade da face, mãos e pés, e assim, diminuir as internações. Conclusão: Portanto, a partir da análise dos modos tecnológicos de intervenção em saúde, compreende-se, que os grupos de autocuidado são espaços vivos, de construções diversas, crescimento mútuo, abordando várias facetas de vida da pessoa com hanseníase. A partir de abordagens como “Projeto de Felicidade” é possível empoderar o usuário a fim de ser ele o planejador de sua própria vida.