Educação em Saúde e Uso de Drogas: Um Estudo Acerca da Representação das Drogas para Jovens em Cumprimento de Medidas Educativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Eloisa Helena
Orientador(a): Modena, Celina Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7244
Resumo: Esta investigação tem como objeto de estudo identificar quais as representações que jovens participantes de programas de cumprimento de medidas alternativas (Art. 28 da Lei 11.343/2006) em Belo Horizonte têm sobre o fenômeno contemporâneo do uso e abuso de drogas e sobre a incidência deste uso na construção da sua identidade. Propõe entre seus objetivos identificar as crenças, opiniões e atitudes destes jovens em relação a este fenômeno, contribuindo para uma melhor compreensão das inter-relações juventude, uso de drogas e estilos de vida com vistas ao aprimoramento das abordagens educativas em saúde. Traz algumas considerações sobre as relações entre sujeito, droga e contexto, observando a importância de situar a complexidade que envolve o tema a fim de evitar um discurso moralizante ou mesmo patologizante. Introduz a partir desta percepção algumas questões que norteiam esta proposta: Qual a função da droga na construção da identidade de um jovem? O que significa ser jovem hoje? De que maneira este uso está relacionado ao processo de construção da identidade? Em que medida os avanços teórico-conceituais da Educação em Saúde podem contribuir na elaboração de subsídios que orientem a prevenção do uso e abuso de drogas entre jovens? Dentre os pressupostos metodológicos referencia-sena pesquisa qualitativa em saúde através de uma abordagem etnográfica, utilizando os seguintes procedimentos: entrevista semiestruturada, grupo focal e observação de campo. Reafirma a importância dos estudos qualitativos com o propósito de explicitar as inter-relações entre o modo de pensar e agir de jovens na faixa etária de 18 a 29 anos quanto ao uso e abuso de drogas, contribuindo para o aprimoramento das metodologias educativas e preventivas voltadas para este público. Destaca entre os seus resultados a hegemonia da variável gênero, com maior prevalência do público de homens. Acrescenta outros dados expressivos quanto à diversidade do nível de vulnerabilidade individual e social dos sujeitos investigados e sua co-relação com o consumo de drogas. Considera que somente a partir de uma análise que leve em conta esta diversidade é que será possível avaliar os riscos envolvidos e buscar estratégias para melhor intervenção da Educação em Saúde.