Caracterização de reações adversas ao tratamento quimioterápico de mulheres com câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Costa, Vanessa Indio do Brasil da
Orientador(a): Koifman, Sergio, Vianna-Jorge, Rosane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24290
Resumo: Reações adversas a medicamentos (RAM) representam um conjunto de efeitos nocivos atribuídos aos tratamentos medicamentosos, cuja ocorrência depende da susceptibilidade de cada indivíduo. Alguns tratamentos podem causar RAM esperadas na prática clínica, como no caso da quimioterapia antineoplásica, mas a gravidade das RAM pode ser inesperada e comprometer o tratamento ou a qualidade de vida dos pacientes. Este é um estudo descritivo de duas coortes prospectivas compostas por pacientes em tratamento quimioterápico (neo- ou adjuvante) para câncer de mama, com intuito de caracterizar as RAM e identificar fatores associados à ocorrência das mesmas. As incidências cumulativas das RAM foram obtidas pelo teste de Kaplan-Meyer e a identificação dos fatores preditores independentes por regressão logística não-condicional. Os dados foram provenientes de 113 pacientes (coorte de neoadjuvância) e 290 pacientes (coorte de adjuvância). As RAM que apresentaram incidência acumulada maior ou igual 10 por cento na fase FAC/AC, na coorte de adjuvância, foram: neutropenia, mucosite, náusea, constipação, pirose, cefaleia, tonturas, fadiga/fraqueza; e na fase docetaxel: mucosite, náusea, constipação, pirose, diarreia, dor abdominal, cefaleia, tontura, fadiga/fraqueza, artralgia, mialgia e dispneia. Foram identificados seis fatores preditores independentes (etilismo, tabagismo, obesidade, hipertensão, status de menopausa e nível de escolaridade), com diferentes impactos sobre o risco de desenvolvimento de diferentes RAM (moderadas a graves). (...) A diversidade de RAM à quimioterapia do câncer de mama e a ocorrência de RAM graves num cenário clínico frequente evidencia a necessidade de novas formas de prevenção e terapias de suporte para as RAM, de forma a melhorar a segurança do tratamento e a qualidade de vida das pacientes.