A AIDS e a imprensa: as vozes e os silêncios nas reportagens do dia mundial da luta contra a AIDS de 1988 a 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Araujo, Ana Cláudia Condeixa de
Orientador(a): Moraes, Nilson Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25378
Resumo: Este trabalho analisa como a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), considerada a maior epidemia do século XX, foi tratada pelo O Globo e pela Folha de São Paulo no Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, 1 de dezembro, entre os anos de 1988 a 2013, desde o primeiro ano em que a data foi \201Ccomemorada\201D no Brasil até 25 anos depois, quando a epidemia completou 30 anos. Os jornais, muitas vezes, foram fonte segura de informação e, outras, a única referência sobre o assunto para a população. Igualmente, os jornais funcionaram como interface para que o governo, os profissionais da saúde, os pesquisadores e os movimentos sociais pudessem fazer chegar notícias até os brasileiros. Ao todo, foram 289 matérias, entre manchetes de primeira página, editoriais, matérias, artigos, reportagens e entrevistas relativas ao Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, direta ou indiretamente. Do montante reunido, destacamos 16 capas, por acreditarmos que a primeira página de um jornal é a vitrine, a cara com que o veículo se apresenta aos leitores, ou seja, tudo que se julga ter valor de notícia está presente nas capas dos jornais. Além das capas, há mais seis matérias do interior dos jornais, relacionadas às chamadas de capa, dos anos de 1992, 1996 e 2001, quando coincidentemente ambos os veículos publicaram matérias sobre a temática. A cobertura priorizou o cenário nacional e o discurso científico, relacionando os dados nacionais com os internacionais, entretanto reservou pouco espaço em suas capas para tratar do tema, ainda que tenhamos escolhido uma data de culminância. A mídia, cuja divulgação das notícias da saúde é muitas vezes problemática, cumpriu seu papel de levar informação ao seu público leitor, mas deixou abertos flancos sujeitos à penetração das questões morais e ideológicas