Doença endometrial em mulheres com citologia de apitia glandular em dois centros de referência no Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rocha, Carla Moreira de Castro
Orientador(a): Russomano, Fábio Bastos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8290
Resumo: Objetivo: Estudar a presença de doença endometrial em mulheres com citologia de atipias de células glandulares (AGC-US e AGC-H), adenocarcinoma in situ e adenocarcinoma invasor. Metodologia: Estudo transversal com coleta de dados retrospectiva incluindo mulheres com citologia sugestiva de doença glandular identificadas na SITEC e que foram encaminhadas para o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira e Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva. No primeiro atendimento todas as pacientes foram submetidas à colposcopia, sendo realizado um segundo esfregaço endocervical, biópsia de colo ou de endométrio ou, ainda, conização conforme orientação do serviço. Resultados: Das 79 pacientes com citologia sugestiva de doença glandular 65% (n=51) tinham mais de 35 anos e 70% (n=55) das citologias correspondiam a AGC-US, 9 com células glandulares atípicas não podendo afastar lesão de alto grau (AGC-H), 2 com adenocarcinoma in situ (AIS), 2 com adenocarcinoma invasor e 11 citologias com diagnósticos combinados de doença glandular e escamosa. Das 54 pacientes submetidas à investigação endometrial (com ultrassonografia transvaginal e/ou histeroscopia) em 5,6% (n=4; IC95%: 0,26-10,8)foram encontradas alterações endometriais benignas provavelmente relacionadas à citologia de AGC e, em 1 delas, patologia maligna (1,4%).Não houve diagnósticos de doença pré-invasiva endometrial. Das 25 pacientes que não se submeteram a investigação de patologia endometrial, apenas 7 tinham mais de 40 anos, que foram consideradas perdas para a análise para doença endometrial. Quanto à doença cervical, em 84% (n=57; IC95%:75,07-92,5), encontramos diagnósticos benignos (pólipo cervical/NIC I)ou ausência de doença no colo (metaplasia escamosa/inflamatório/negativo para malignidade), 13% (n=9; IC95%:5,18-21,2) lesões consideradas pré-invasivas (NIC II/III/HSIL/AIS), e em 3% (n=2;IC95%: 0-6,9)doença invasiva do colo. Conclusão: A citologia sugestiva de doença glandular está associada à elevada incidência de lesões histológicas significativas, sendo a maioria delas relacionadas ao colo uterino (38% - 18% doenças pré-invasivas e invasivas: NIC II/III/AIS e adenocarcinoma invasor e 20% doenças benignas: NIC I e pólipo cervical). Os diagnósticos relacionados à doença endometrial corresponderam a 7% sendo 5,6% de doença benigna (pólipos endometriais) e 1,4% doença maligna. Somente um caso de câncer de endométrio foi diagnosticado em uma mulher com 70 anos e citologia inicial de adenocarcinoma invasor.