Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Lôpo, Sônia Sampaio |
Orientador(a): |
Grassi, Maria Fernanda Rios |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34865
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Resumo: |
No Nordeste (Salvador) a infecção pelo Vírus Linfotrópico Humano de Células T (HTLV 1) é endêmica. Cerca de 2% da população geral está infectada e esta infecção atinge uma proporção de 9,3% das mulheres com idade superior a cinqüenta anos. Os indivíduos infectados pelo HTLV-1 têm maior freqüência de patologias infecciosas a exemplo da estrongiloidíase, tuberculose e hanseníase, sugerindo um papel imunossupressor para este vírus. O Papilomavírus Humano (HPV), que é igualmente tranmissível sexualmente, está estritamente relacionado ao câncer de colo uterino. Vários co-fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer cervical são identificados, dentre eles patologias que conduzem à imunossupressão. No presente estudo, avaliamos a prevalência do HPV em mulheres infectadas pelo HTLV 1 e correlacionamos a infecção genital por HPV à linfoproliferação espontânea, proporção de linfócitos T CD4 e T CD8, carga proviral do HTLV-1 e resposta aos antígenos de memória. Estudamos cinqüenta mulheres infectadas por HTLV-1 em um ambulatório no Centro de Referência para HTLV-l (CHTLV-1) na cidade de Salvador. Realizamos exame ginecológico com coleta e análise de secreção cérvico-vaginal e captura híbrida para HPV. A biópsia de colo uterino foi realizada quando existiam áreas atípicas evidenciadas através da colposcopia. Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparado os grupos em relação à idade, raça, escolaridade, estado civil, tabagismo e sintomatologia. A prevalência do HPV na população geral em mulheres infectadas por HTLV-1 foi de 44%, diagnosticada através de captura híbrida. Observamos predomínio dos subtipos oncogênicos de HPV (grupo B). O uso de preservativos foi mais freqüente entre as mulheres com captura híbrida negativa (p=O.O1). O número de parceiros sexuais foi maior entre as mulheres infectadas por HPV (p=O.03). Alterações citológicas, colposcópicas e histológicas foram mais freqüentes em mulheres infectadas por HPV. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A maior parte das mulheres apresentou alterações imunes importantes, apesar de serem jovens. A proporção de mulheres que apresentou proliferação espontânea dos linfócitos T foi discretamente superior nas mulheres não infectadas por HPV (80%) em relação às infectadas (59%). No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa. A intensidade de linfoproliferação espontânea, a proporção de linfócitos T CD 4 e T CD 8, a resposta a antígenos de memória e a carga proviral do HTLV-1 foram semelhantes nos dois grupos. Em conclusão, observamos prevalência de HPV de 44% com predomínio de subtipos oncogênicos (grupo B). O número de parceiros sexuais durante a vida e o uso de preservativos foi mais freqüente em mulheres infectadas e não infectadas por HPV, respectivamente. A intensidade de linfoproliferação espontânea, a proporção de linfócitos T CD 4 e T CD 8, a resposta a antígenos de memória e a carga proviral do HTLV-1 foram semelhantes nos dois grupos. |