Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Abbehusen, Melissa Moura Costa |
Orientador(a): |
Brodskyn, Claudia Ida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12697
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Resumo: |
As interações entre flebótomo, parasita e hospedeiro desempenham um papel importante na transmissão da leishmaniose. As moléculas provenientes do vetor são relevantes para estas interações e incluem as proteínas da saliva e do intestino médio. Nos flebótomos, as Leishmanias passam por um ciclo de desenvolvimento complexo dentro do intestino médio sob a proteção da matriz peritrófica, necessário para a geração de formas metacíclicas infectantes. As Leishmanias são transmitidas pelos flebótomos que co-injetam parasitas juntamente com a saliva, na derme do hospedeiro. Estudos anteriores demonstraram que a imunização de cães com duas proteínas salivares (LJM17 ou LJL143) de L. longipalpis, resultaram em uma imunidade mediada por células Th1 sistêmica e local afetando a sobrevivência do parasita in vitro. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a imunidade conferida pela imunização de cães com DNA e rCanarypoxvirus expressando o gene que codifica para as proteínas salivares de L. longipalpis (LJM17 e/ou LJL143). A imunização com ambas LJL143 e/ou LJM17 induziu uma forte resposta imune humoral. A produção específica do IFN-γ foi observada apenas nas CMSP dos grupos imunizados estimuladas com a proteína. Trinta dias após a última imunização, os cães foram desafiados por via intradérmica com 107 de L. infantum na presença de saliva de L. longipalpis, e a infecção foi detectada no segundo mês após o desafio em todos os grupos. Os cães imunizados com a LJM17 apresentaram maior produção de IFN-γ, IL-2, IL-6, IL-7, IL-15, IL-18, TNF-α, IP-10 e GM-CSF durante a infecção quando comparados com os controles, indicando que o efeito da imunização induzida por LJM17 persistiu mesmo após o desafio. Adicionalmente, diversos estudos realizados no controle da malária, têm demonstrado o uso de antígenos provenientes do vetor para o desenvolvimento de vacinas bloqueadoras de transmissão. Esta estratégia altruísta de imunização visa criar anticorpos que interfiram no desenvolvimento do parasita no interior do vetor. Assim, na segunda etapa do nosso trabalho, foi testada em cães uma estratégia de imunização utilizando uma proteína extraída do intestino médio do L. longipalpis (Luloper1) para induzir a produção de anticorpos em cães saudáveis e infectados e a interrupção da transmissão no flebótomo. Dessa forma, a imunização de cães saudáveis não infectados ou infectados assintomáticos induziu uma potente produção de anticorpos, porém nenhum efeito de bloqueio de transmissão foi detectado em flebótomos alimentados com o sangue desses animais contendo promastigotas de L. infantum. |