Indicadores de saúde pública entre mulheres trabalhadoras do sexo: estudo biológico e comportamental em 12 municípios brasileiros, 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Braga, Letícia Penna
Orientador(a): Szwarcwald, Celia Landmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53019
Resumo: As mulheres trabalhadoras do sexo (MTS) são consideradas uma população c have para o HIV. No B rasil, estima se que as MTS representem 1,2% da população feminina de 15 a 49 anos de idade, que corresponde a aproximadamente 690 mil de m ulheres. O presente trabalho tem o objetivo de divulgar indicadores de saúde pública entre MTS p esquisadas no segundo estudo de vigilância biológica e comportamental em 12 municípios brasileiros. O estudo transversal de vigilância biológica e comportamenta l foi realizado com 4328 MTS recrutadas por Respondent Driven Sampling (RDS) em 12 municípios br asileiros. O tamanho de amostra foi pré estabelecido pelo Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúd e de 350 MTS em cada cidade. As participantes responderam a um questionário sociocomportamental e foram realizados te stes rápidos para HIV, sífilis, hepatites B e C. A análise estatística lev ou em consideração o desenho complexo de amostragem do recrutamen to por RDS Entre os resultados, destacam se: a prevalência da infecção pelo HIV vari ou de 0,2% em Campo Grande a 18, 2% em Salvador d iferenças significativas entre as cidades foram encontradas nas distribuições segundo escolaridade, renda, local de trabal ho, idade de início do trabalho sexual, e uso de drogas ilícitas ; a cobertura de exame de Papani colau variou de 53,4% 53,4%, em Recife, a 73%, em Porto Alegre e a de pré natal variou de 61,1%, em Salvador, a 99 ,0 %, em Curitiba ; um total de 67,0% de MTS relatou e star utilizando algum método contraceptivo, sendo esse percentual menor do que da população bras ileira em 13 pontos p ercentuais; ao contrário do perfil nacional em que o anticoncepcional oral é mais utilizado, o preservativo masculino foi o método mais utilizado pelas MTS (37,1%); aproximadamente um quinto das participantes já se sentiram discrimina das ou foram tratadas pior por ser TS e apenas 24,3% declararam ser MTS em um serviço de saúde. Em conclusão , os dados corroboram a situação de maior vulnerabil idade das MTS. Os resultados apresentados fornecem contribuições importantes no direcionamento d e intervenções locais . As limitações do estudo referem se ao método RDS utilizado no recrutamento das participantes, e inclui o efeito de homofilia, o pagamento de incentivos e o local de realização do estudo que pode afetar a composição das redes de acord o com as MTS que trab alham nas proximidades.