Biodiversidade de helmintos de Arapaima gigas (Schinz) e Colossoma macropomum (Cuvier) em sistemas de cultivo no estado do Acre, Sudoeste da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Maralina Torres da
Orientador(a): Silva, Claudia Portes Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25638
Resumo: A aquicultura está entre as atividades produtivas que mais têm crescido no mundo e é apontada como uma alternativa sustentável em termos econômicos, sociais e ambientais para suprir a demanda mundial por alimentos. Dentre as espécies de maior importância para o cultivo na América do Sul, destacam-se Arapaima gigas (pirarucu) e Colossoma macropomum (tambaqui), que apresentam relevante interesse econômico, sabor apreciado e fácil comercialização nos mercados local e internacional. No entando, as estratégias de implantação de cultivos em grande escala podem esbarrar na falta de estudos prévios sobre os padrões biológicos e ecológicos dos parasitos que utilizam o pirarucu e o tambaqui como hospedeiro. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi estudar a biodiversidade de helmintos de A. gigas e C. macropomum em sistemas de cultivo no estado do Acre, Brasil. Este é o primeiro estudo sobre a comunidade parasitária de pirarucu e tambaqui na região e fornece novas informações para o controle de parasitos em sistemas produtivos. Nove táxons de parasitos para A. gigas foram identificados e referidos em nova distribuição geográfica, sendo eles Dawestrema cycloancistrium, Capillostrongyloides arapaimae, Goezia spinulosa, Hysterothylacium sp., Camallanidae gen. sp., Ascaridoidea gen. sp., Polyacanthorhynchus sp. (juvenis), Neoechinorhynchus sp. e Acanthocephala gen. sp. A comparação da fauna parasitária de A. gigas em dois tipos de sistemas de produção de peixes demonstrou que a diversidade e prevalência de parasitos no sistema de cultivo semi-intensivo foi significativamente maior do que no sistema intensivo, mostrando que boas condições de produção podem prevenir substancialmente a infecção por parasitos. Novas sequências para as regiões parcial 18S rDNA, ITS1, 5.8S, ITS2 rDNA, partial 28S rDNA, cox1 mtDNA e cox2 mtDNA de G. spinulosa foram apresentadas. O estudo morfológico, ultraestrutural e genético possibilitou um estudo taxonômico integrado, produzindo um perfil robusto para G. spinulosa. Este é o primeiro estudo ultraestrutural de C. arapaimae por microscopia eletrônica de varredura com dados adicionais de Hysterothylacium sp. (L3), Polyacanthorhynchus sp. e Neoechinorhynchus sp. Um novo sítio de infecção e um possível método especial de transmissão de D. cycloancistrium em pirarucus foram apresentados e a análise por microscopia confocal confirmou a presença de dois reservatórios prostáticos ao invés de um. Os helmintos encontrados em C. macropomum no estado do Acre incluíram os Monogenea Anacanthorus spathulatus, Linguadactyloides brinkmanni, Notozothecium janauachensis e Mymarothecium boegeri e o Nematoda Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus