Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Presot, Ivanete Milagres |
Orientador(a): |
Modena, Celina Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7242
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Resumo: |
A pesquisa biomédica é regulamentada somente a partir dos estudos pré-clínicos. Na ausência de diretrizes nacionais ou internacionais para qualidade na pesquisa básica, a WHO (World Health Organization) publicou em 2006 o manual intitulado: Práticasde Qualidade na Pesquisa Biomédica Básica. O foco é a qualidade do processo de estudo, portanto, um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) poderá assegurar qualidade, rastreabilidade, confiabilidade e integridade dos dados. Dada a importância das práticas de qualidade em pesquisa básica e a visão de muitos cientistas que mostram preocupação e resistência não só com as atividades de implementação do SGQ, mas também com as consequências geradas pelas mudanças e ajustes propostos, percebe-se que o sucesso da implementação do sistema depende do envolvimento dos trabalhadores e representa mais do que estabelecer procedimentos. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver uma estratégia educativa em SGQ para laboratórios de pesquisa, utilizando a proposta da WHO e tendo como diretriz a educação permanente. A primeira fase deste estudo foi o diagnóstico situacional, que incluiu a análise de percepção do grau de implementação das práticas de qualidade nos laboratórios de pesquisa; análise da percepção dos colaboradores e multiplicadores da importância dos fatores determinantes da qualidade; análise da percepção dos atores chave dos fatores determinantes da qualidade e os pontos positivos e negativos do SGQ implementado na instituição. A primeira etapa foi operacionalizada com o uso de lista de verificação e entrevista com os coordenadores da qualidade de cada laboratório. A segunda etapa utilizou um questionário estruturado com escala numérica tipo Likert com 5 pontos, que foi aplicado a pesquisadores, técnicos, estudantes, gerentes de laboratório/projetos e coordenadores da qualidade. Os resultados dessas etapas demonstraram que os fatores com baixo grau de implementação também obtiveram os menores índices de importância. Desta forma, os fatores que mais precisam investimento durante as ações educativas são: garantia da qualidade e verificação de resultados; relatório de resultados; arquivo de projetos e práticas de publicação. A terceira etapa do diagnóstico foi realizada com líderes da área de pesquisa e da direção, utilizando-se as entrevistas semiestruturadas e confirma a necessidade de investimento nos fatores relacionados com o gerenciamento de projetos. A segunda fase do projeto foi desenvolver estratégia educativa em SGQ considerando os resultados das etapas anteriores. A metodologia utilizada foi a de oficinas em dinâmica de grupo ancorada nas teorias da psicologia de grupos, nos grupos operativos de Pichon Rivière e na educação transformadora e libertadora de Paulo Freire. O material educativo desenvolvido e aplicado durante as oficinas se mostrou eficiente para o desenvolvimento do grupo. Além disso, foi uma oportunidade de definição de diretrizes para educação permanente em SGQ e biossegurança, e ainda, de estabelecer propostas visando eliminar lacunas referentes a cada tema, possibilitando o desenvolvimento dos planos de ação institucionais. Por conseguinte, este processo poderá ser utilizado por outras instituições que pretendam definir as estratégicas de qualidade e ações educativas de forma participativa, por meio da construção coletiva. |