Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Monica Villaça |
Orientador(a): |
Avanci, Joviana Quintes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24552
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Resumo: |
O objetivo dessa dissertação é conhecer como os profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS do Rio de Janeiro percebem a relação entre tentativa de suicídio em idosos e violência e como atendem os casos eventualmente recebidos. Realizou-se pesquisa qualitativa, e o instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada, com 13 profissionais de saúde mental (3 assistentes sociais, 3 psicólogas, 2 psiquiatras, 2 musicoterapeutas e 3 terapeutas ocupacionais) que atuam em 3 CAPS II, localizados cada um em uma área programática da cidade do Rio de Janeiro. Os dados foram analisados sob a forma de análise de conteúdo, modalidade temática. Definiramse três categorias para análise: relação entre suicídio e violência, atendimento no CAPS a idosos que tentaram suicídio, e facilidades e dificuldades no atendimento a esses idosos. Os resultados revelam que há grande dificuldade dos profissionais em relacionar a tentativa de suicídio com uma forma de violência. Quanto ao atendimento aos idosos que tentaram suicídio, os profissionais entrevistados entendem que o acolhimento inicial deve ser prestado no CAPS. A permanência neste serviço se dá após uma avaliação da situação do idoso, de seu contexto e de seu “perfil”. Entendem que para serem inseridos nestes serviços é preciso identificar uma demanda de atendimento intensivo, causada por fragilidade ou inexistência de laços sociais e rede de apoio social, além do quadro psicopatológico. Esse atendimento no CAPS pode ser temporário, sendo o idoso então encaminhado para outros serviços, como ambulatório, atenção básica, clínica da família e serviços de assistência social e convívio social, e centros de convivência como projetos específicos para idosos. São apontados vários fatores que facilitam e dificultam o atendimento dos idosos que tentaram suicídio. Alguns como a rede social de apoio, a família e a rede de serviços de saúde são mostrados como podendo tanto ajudar, como dificultar o atendimento, dependendo do contexto e das circunstâncias. Os elementos facilitadores destacados são: disponibilidade dos profissionais para atender idoso, desejo do próprio idoso em se tratar e a existência do Estatuto do Idoso. Já os que dificultam são: violência no território, presença de um quadro de demência e o próprio fato de ser idoso. Percebe-se que é necessário investir na formação de profissionais de saúde inseridos no CAPS para o atendimento de idosos que tentaram suicídio, assim como na fomentação de políticas públicas de prevenção ao suicídio. |