Avaliação da contaminação do leite materno por pesticidas organoclorados persistentes em mulheres doadoras do banco de leite do Instituto Fernandes Figueira, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Mesquita, Sueli Alexandra de
Orientador(a): Moreira, Josino Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4938
Resumo: Pesticidas organoclorados são substâncias altamente resistentes à degradação tanto por meios químicos quanto biológicos, pouco solúveis em água, semi-voláteis e altamente lipofílicos, características responsáveis pela bioacumulação desses compostos no meio ambiente pela biomagnificação através da cadeia trófica. Em humanos, a principal fonte de exposição em populações não expostas ocupacionalmente é através da alimentação. Atualmente a maioria dos organoclorados têm uso restrito ou foram definitivamente proibidos no Brasil, assim como em várias partes do mundo. O leite materno é bastante utilizado para avaliação da exposição a compostos lipofílicos por ser uma rota importante de excreção dessas substâncias, ser um bom indicador da carga corpórea e ser de fácil obtenção. As amostras de leite humano, utilizadas no presente trabalho, foram provenientes do Banco de Leite do Instituto Fernandes Figueira, que forneceu uma boa amostragem da população do município do Rio de Janeiro e Grande Rio. Para essas amostras foi encontrada uma evidente contaminação multiresidual de pesticidas organoclorados com a prevalência do p,p' DDE em 100% das amostras, seguido do p,p' DDT (90%) e do β- HCH (84%), embora os valores para a maior parte dos compostos, estejam abaixo do descrito pela literatura como limites aceitáveis. A IDA (ingestão diária aceitável) média calculada para o ∑ DDT, foi de 0.00341 mg.kg-1 de peso.dia-1, inferior portanto ao valor de referência da FAO/WHO (Codex Alimentarius) que é de 0005. mg.kg-1 de peso.dia-1. A razão IDAobser. /IDAref foi foi de 0.68 (68%). Entretanto para 18% da população estudada os valores calculados estão acima da ingesta diária aceitável recomendada.