Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Liana Monteiro da Fonseca |
Orientador(a): |
Alves, Luiz Anastacio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37771
|
Resumo: |
Dentre as doenças hepáticas que acometem o fígado, a insuficiência hepática aguda (IHA) destaca-se pela rápida perda da função hepática, com um alto índice de mortalidade que, em alguns estudos clínicos, pode chegar a 80%. A causa mais comum de IHA no Brasil é a hepatite viral, seguida pela hepatite medicamentosa e intoxicação exógena. Embora existam terapias visando o tratamento de IHA, o transplante hepático ainda é a única opção terapêutica definitiva para pacientes com doença hepática terminal. No entanto, a escassez de órgãos para o transplante impõe limitação ao número de pacientes beneficiados. Consequentemente, um grande número de pacientes permanece nas filas de espera, contribuindo para elevar o índice de mortalidade. Alguns procedimentos para estender o número de pacientes beneficiados com transplantes têm sido realizados, dentre eles podemos citar o transplante inter-vivo e o transplante hepático dominó. Vale ressaltar que, tais alternativas ainda são insatisfatórias quando relacionadas com o número de pacientes que precisam do transplante. Assim, a proposta do transplante hepatocitário pode melhorar a qualidade de vida até o transplante ou mesmo levar à recuperação espontânea do paciente. Contudo, o maior desafio para a ampla aplicação clínica desse método é a disponibilidade de quantidade, com qualidade suficiente das células do fígado para o transplante Uma possível solução seria a utilização de fígados rejeitados para o transplante, associado à otimização dos processos de isolamento, e de criopreservação de hepatócitos provenientes desses órgãos. Nesse contexto, o presente trabalho propõe uma caracterização geral, em modelo experimental, de protocolo para terapia celular baseada na coleta de populações de células hepáticas de órgãos rejeitados para o transplante ortotópico, associado à otimização da criopreservação para a criação de bancos de células com vistas ao futuro tratamento de IHA. Para isso, neste trabalho, desenvolvemos um modelo químico de IHA utilizando uma dose única de 400 mg/Kg de acetaminofeno i.p. E um modelo de macroesteatose, doadores de células submetidos a uma dieta deficiente em metionina e colina. Nossos resultados demonstraram que é possível realizar a separação entre os hepatócitos com altos níveis de esteatose das células com pouca ou nenhuma vesícula lipídica utilizando dois processos de centrifugação. Além disso, a terapia celular com a infusão de hepatócitos, apresentaram um leve aumento na sobrevida, com diminuição das enzimas hepáticas AST e ALT além do aumento da produção de albumina quando comparado ao grupo dos animais que não foram submetidos à terapia celular. Para a otimização da criopreservação, utilizamos algoritmos de machine learning como ferramenta de previsão às melhores condições de congelamento para hepatócitos murinos. |