A pesquisa tecnocientífica e o SUS: a tradução de agendas de pesquisa em laboratórios biomédicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nishida, Lucas
Orientador(a): Teixeira, Márcia de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43957
Resumo: As ciências biomédicas são parte do sistema de saúde de um país. Para os Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia as dinâmicas sociais e políticas locais participam da definição das práticas e das agendas de pesquisa biomédica. Entender como ocorre o processo de construção de agendas de pesquisa é estratégico para estreitar a relação das ciências biomédicas com as questões do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) e para reforçar o enfrentamento dos problemas de saúde da população. O objetivo desse trabalho é analisar a estruturação de agendas de pesquisa em laboratórios biomédicos brasileiros, considerando as traduções que lá são realizadas no enredamento com o SUS, políticas científicas, agências de fomento, áreas e linhas de pesquisa, cooperações internacionais e contextos políticos. Os referenciais utilizados dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia pensam os laboratórios como espaços de relações assimétricas e contingenciais entre atores heterogêneos, humanos e não humanos. Essas relações modificam e coproduzem fatos e objetos científicos no laboratório e alteram seu potencial transformador. Quem são os atores e quais dinâmicas estabelecem entre si para a construção de agendas é a questão que norteou este estudo. A dissertação foi dividida em cinco capítulos. O primeiro, a Introdução, apresenta a problemática e os objetivos da pesquisa a partir da trajetória até o mestrado. O capítulo 2 contém os referenciais teóricos utilizados para descrever o laboratório, traz a dimensão situada e responsável das tecnociências e discute as relações local/global. As políticas científicas e tecnológicas, especificamente aquelas setoriais da saúde, são introduzidas, conceituadas e discutidas no capítulo três O capítulo 4 é sobre a condução da pesquisa e apresenta desde as técnicas e procedimentos utilizados até a caracterização dos laboratórios estudados. O último capítulo contém tópicos de debates sobre a tradução das agendas de pesquisa dos laboratórios. Nossa proposição é que as agendas emergem não por uma questão de escolha, mas são a tradução de múltiplas e complexas relações, humanas e não humanas, materiais e sociais, internas e externas, permeadas de poder e sempre situadas em contextos históricos e políticos específicos.