Estudo epidemiológico para a avaliação da eliminação da Oncocercose em áreas sentinelas da Região Amazônica, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Verônica Marchon da
Orientador(a): Herzog, Marilza Maia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15057
Resumo: No Brasil, a área endêmica para oncocercose está restrita a Amazônia, em Terra Indígena Yanomami. O Programa Brasileiro de Eliminação da Oncocercose (PBEO) adota como principal estratégia de controle o tratamento em massa dessa população com Ivermectina, estando em consonância com o Programa para Eliminação da Oncocercose nas Américas (OEPA) e os outros cinco países endêmicos na América Latina \2013 México, Guatemala, Equador, Colômbia e Venezuela. De acordo com estratégias de monitoramento definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi realizado esse estudo visando à disponibilização de ferramentas para avaliação do estado epidemiológico da oncocercose baseadas em análises de parâmetros entomológicos, fornecendo subsídios para medidas e as ações efetivas de controle. Foram realizadas, de 2009 a 2011, avaliações entomológicas, moleculares e epidemiológicas nos três polos base sentinelas para o PBEO \2013 Xitei (subpolo Ketaa e Watatase), Balawau (subpolo Maxapapi e Wanapiu) e Toototobi (subpolo Xiroxiropiu) para o monitoramento do impacto das estratégias de controle do PBEO/OEPA na transmissão da oncocercose no Brasil. Para análise dos parâmetros entomológicos foram realizadas capturas sistemáticas mensais de simulídeos, de 4-8 dias consecutivos de 7-18h Para análise molecular, grupos de até 50 fêmeas foram organizados de acordo com a espécie e outros parâmetros, separados em cabeças e corpos e cada grupo foi testado para a presença de DNA do parasito por PCR-ELISA. Do total de 74.397 simulídeos capturados (54% S. guianense; 40% S. incrustatum; 6% S. oyapockense), 16.971 foram coletados em Xitei/Watatase, 22.910 em Xitei/Ketaa, 2.301 em Balawaú/Maxapapi, 10.986 em Balawaú/Wanapiu e 21.229 de Toototobi. Do total de 1559 pools examinados (821 de Xitei, 302 de Balawaú e 436 de Toototobi), a prevalência estimada de S. guianense infectado foi de 1,0/2.000 simulídeos (95% LSIC \2013 2,2) no polo base Toototobi e 0,5/2.000 simulídeos (95% LSIC \2013 1,4) no polo base Balawaú. Simulim incrustatum e S. oyapockense não apresentaram nenhum pool considerado positivo. Neste estudo, o uso de diagnóstico molecular combinado com a identificação e aspectos bionômicos das espécies vetores e análises epidemiológicas possibilitou avaliar as informações sobre o estado da transmissão da oncocercose após a intervenção de 15 anos de tratamento com ivermectina. Com base nos parâmetros entomológicos de prevalência da infectividade (TI) e o potencial de transmissão anual (PTA) detectado abaixo do preconizado para as áreas sentinela foi possível verificar para período estudado a supressão da transmissão da oncocercose nas três áreas sentinela \2013 Xitei, Balawaú e Toototobi