Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Huesca, Isabel Marco |
Orientador(a): |
Vargas, Eliane Portes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37376
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Resumo: |
O tratamento oncológico infantojuvenil impacta diretamente na vida do paciente e de seus familiares, os quais sofrem inúmeras alterações em sua rotina, relações cotidianas e em suas condições socioeconômicas. Desta forma, a pesquisa teve por objetivos problematizar os avanços e limites da proteção social brasileira destinada às crianças e adolescentes em tratamento oncológico, identificar o perfil socioeconômico desta população e de seus familiares e analisar as repercussões do adoecimento infantojuvenil para o viver familiar. Foi utilizada uma abordagem qualitativa que possibilita melhor compreender e explicar as crenças, valores, atitudes e hábitos de uma sociedade. A pesquisa foi realizada em três partes complementares: (1) levantamento de dados e organização de materiais relacionados à questão da proteção social à criança e ao adolescente em tratamento oncológico; (2) descrição e análise do perfil socioeconômico dos pacientes e de sua família, e (3) a realização de entrevistas com os responsáveis pela criança/adolescente em tratamento. As políticas sociais são vistas como recurso fundamental para a realização do tratamento, considerando a demanda por renda e deslocamento, de modo a possibilitar uma efetiva atenção à saúde. Entretanto, as reflexões apontam haver na atualidade uma retração das políticas sociais que se exprime na focalização e no repasse de responsabilidades do Estado a outros setores da sociedade civil, principalmente para a família. Além disso, os resultados também revelaram que todas as famílias tiveram que se reorganizar para lidar com a doença, gerando impactos em diversas áreas da vida do cuidador, que é a mulher na maior parte dos casos. Diversas são as fontes de suporte para as situações advindas do câncer. Entretanto, evidenciou-se que a doença pode fragilizar os vínculos familiares e que todo suporte recebido, na maior parte dos casos, não é capaz de suprir as necessidades que emergem a partir do adoecimento. Enfim, mostrou ser de suma importância o conhecimento acerca das características socioeconômicas dos pacientes e suas famílias e das repercussões do adoecimento para o viver familiar, bem como dos limites da proteção social, pois estas são capazes de interferir de forma expressiva na efetivação do tratamento oncológico infantojuvenil. |