Perfil de moléculas imunológicas solúveis no líquido cefalorraquidiano de pacientes com neuropatologias de diferentes etiologias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Matias, Katherine Aquino
Orientador(a): Silva, Norma Lucena Cavalcanti Licínio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55919
Resumo: A Barreira Hematoencefálica (BBB) e o líquido cefalorraquidiano (LCR) são componentes do Sistema Nervoso Central (SNC), responsáveis pelo transporte seletivo de substâncias entre este e o sangue periférico. A neuroinflamação é caracterizada pela ativação contínua da micróglia e outras células da BBB. Identificar o perfil de moléculas solúveis no LCR pode auxiliar na investigação dos eventos neuroinflmatórios. Este estudo tem por objetivo avaliar o perfil de moléculas imunológicas solúveis presentes no LCR de pacientes com diferentes doenças neurológicas. Constituíram população de estudo 147 pacientes com dor de cabeça primária, esclerose múltipla (EM), esclerose lateral amiotrófica (ELA) e infecções parasitárias, bacterianas e virais. A quantificação de sHLA-G foi realizada por ELISA e, das demais 35 moléculas, pelo imunoensaio LUMINEX®. Os dados foram analisados usando os softwares GraphPad Prism 5.0 e SPSS e aplicando testes paramétricos e não paramétricos considerando P<0,05. Entre os pacientes recrutados, 56% eram mulheres e a média de idade foi de 40 anos. O aumento da celularidade no LCR foi observado na EM e na doença infecciosa, enquanto que o aumento dos níveis de proteína foi encontrado apenas na doença infecciosa. As enxaquecas apresentaram aumento de sHLA-G proporcional a gravidade da doença, além de aumento dos níveis de IL-8, MIG, IP-10 e IL-9 na forma mais grave da doença, sugerindo correlações reciprocas das moléculas imunes para controle da inflamação. Em EM foi marcante a presença de moléculas inflamatórias ligadas a migração de células T, enquanto que na ELA houve uma redução dessas mesmas moléculas. Em ambas, observou-se uma diminuição da molécula MCP-1, associada a gravidade da doença. Nas infecções bacterianas e parasitárias, as quimiocinas pareceram exercer um papel central na reposta imune no SNC. Na infecção viral observou-se uma reposta padrão independentemente do agente viral, apesar do destaque de IP-10 e MCP-1 na infecção por arbovirus .