Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Neves, Gabrielle Pereira das |
Orientador(a): |
Siani, Antonio Carlos,
Ramos, Mônica Freiman de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26191
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Resumo: |
A oleorresina extraída do tronco de espécies de Protium (Burseraceae), gênero com grande concentração na região Amazônica, é constituída por percentuais variáveis de monoterpenos (fração volátil) e triterpenos pentacíclicos (fração não volátil). Dentre os triterpenos, destacam-se os isômeros α-amirina e β-amirina, principais responsáveis pelas atividades farmacológicas relevantes descritas para este gênero. Estas substâncias apresentam baixa solubilidade em meio aquoso e solventes polares, sendo esta propriedade um desafio para o desenvolvimento de produtos medicamentosos com base naquelas. Neste contexto, a incorporação dos mesmos em carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) é uma alternativa para incrementar a solubilidade e facilitar a veiculação dessas moléculas em sistemas fisiológicos. No presente trabalho, primeiramente, realizou-se a pulverização da oleorresina, sendo obtido um pó homogêneo com granulometria inferior a 32 mesh (OBP, faixa de fusão 100-120 ◦C, umidade 1,75% e teores de 16,8% em α-amirina e 8,14% em β-amirina). OBP foi submetida à purificação em coluna cromatográfica aberta, empregando-se independentemente duas fases estacionárias, sendo o processo monitorado por cromatografia em camada delgada (CCD) e densitometria quanto à presença dos isômeros de amirinas. Nove experimentos utilizando gel de sílica e eluídos com misturas de n- hexano e AcOEt foram realizados para otimizar as condições visando uma transposição de escala e acúmulo de material. Com o mesmo objetivo a coluna em Sephadex LH-20 foi eluída com EtOH, num total de 12 experimentos. As frações similares em CCD, contendo os triterpenos-alvo, foram reunidas para gerar os lotes únicos, então codificados, respectivamente, como LTU-Si (57,60 g, faixa de fusão 150-155 ◦C, umidade 2,8% e teores de 41,37% em α-amirina e 22,73% em β-amirina) e LTU-Se (60,60 g, faixa de fusão 85-114 ◦C, umidade 1,75% e teores de 16,46% em αamirina e 8,74% em β-amirina). LTU-Si apresentou faixa de fusão estreita e maiores teores dos isômeros de amirina, sendo destinado aos estudos de avaliação da viabilidade de incorporação em CLN. Daí, as solubilidades de LTU-Si nos lipídios líquidos (miristato de isopropila, MI; ácido oleico, AO) e lipídios sólidos (monoestearato de glicerila, MG; Compritol, COMP) foram estimadas tanto in silico, pelos parâmetros de solubilidade de Hansen (PSH), quanto experimentalmente, por CCD e densitometria. Os PSH a 25 ◦C para os isômeros de amirina e lipídios resultaram na seguinte ordem de solubilidade: MG >> AO > COMP > MI. Os ensaios experimentais de solubilidade, por densitometria, resultaram a 80ºC em: MG = MI > AO > COMP. Os CLN contendo LTU-Si e controles-branco foram obtidos por microemulsificação a quente com a fase lipídica, constituída pelas combinações dos lipídios MI:MG, MI:COMP e AO:MG nas proporções 2:3, 1:1 e 3:2; e a fase aquosa contendo pares de tensoativos em concentrações baseadas nos valores de equilíbrio hidrófilo-lipófilo requerido pelas fases lipídicas. Estes foram caracterizados quanto à estabilidade do aspecto macroscópico, pH, tamanho de partícula (TP), índice de polidispersão (PDI) e potencial zeta (PZ). O CLN3 (MI:COMP 3:2) foi o que apresentou maior estabilidade físico-química, quanto ao aspecto macroscópico, faixa de pH 7,0-7,65, TP de 250 nm, PDI de 0,3 e PZ de -30 mV, durante o período de avaliação. |