Interculturalidade e formação profissional de Agentes Indígenas de Saúde a partir da experiência do Alto Purus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Alcilene Oliveira
Orientador(a): Sousa, Isabela Cabral Félix de, Pontes, Ana Lúcia de Moura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30229
Resumo: Esta tese discute as formações de Agentes Indígenas de Saúde no contexto sociohistórico e geográfico do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Purus. A análise retrata aspectos da formação profissional, preconizada pela legislação nacional e internacional, relacionando a literatura sobre saúde e interculturalidade, discutida na América Latina e por alguns pesquisadores no Brasil. A partir da experiência do Alto Purus procura-se mapear os processos formativos ocorridos no Acre que se constituíram na vigência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) até a atuação da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), através da Escola Técnica de Saúde do Acre Maria Moreira da Rocha que realizou o curso de Agentes comunitário Indígena de Saúde. A investigação aconteceu a partir da análise de documentos de formações no âmbito da saúde indígena. São examinados os discursos adotados a partir da construção de políticas em saúde com apoio no referencial de pesquisa social qualitativa utilizando a teoria social dos discursos e análise de conteúdo, objetivando construir uma abordagem crítica dos textos e significados. Assim, o método hermenêutico dialético foi utilizado para compreender as experiências educativas em saúde da formação de Agentes Indígenas de Saúde na Região do Rio Purus. As análises problematizam a discussão destas experiências situadas entre a Medicina Tradicional e a Biomedicina, em que os Agentes Indígenas de Saúde são representantes tanto para as equipes multidisciplinares como para a comunidade. A luz de teorias de interculturalidade e intermedicalidade, observou-se que o modelo formativo preconizado pela política nacional de formação na prática educacional nem sempre considera os saberes tradicionais dos indígenas.