Imunopatogênese da leishmaniose cutânea humana: correlação entre extensão da inflamação, células e vasos em lesões fechadas causadas por leishmania Viannia braziliensis na forma disseminada (LD)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mendes, Dayana Santos
Orientador(a): Arruda, Sérgio Marcos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7160
Resumo: Leishmania (Viannia) braziliensis causa várias formas de doença clinica cutânea, entre elas a forma cutânea disseminada (LD) com uma úlcera cutânea e lesões secundárias disseminadas por mais de duas regiões do corpo. Esta forma além da úlcera inicial apresenta manifestação clínica de múltiplas pápulas e lesões não ulceradas. Neste estudo, descrevemos a histopatologia das lesões não ulceradas da LD, correlacionando-a com a extensão da área inflamada com células CD4, CD20, CD68, CD31 e células de fator de von Willebrand (vW). Metodologia: Dezoito biópsias de lesões de pacientes diagnosticados com LD por critérios clínicos, teste cutâneo de Montenegro positivo e cultivo positivo para L. braziliensis dos aspirados locais das lesões. A análise histopatológica foi feita a partir dos fragmentos de tecidos corados com Hematoxilina e Eosina (HE). A quantificação da área inflamada e células positivas para CD4, CD20, CD68, CD31 e vW foi avaliada com o auxílio do programa Image-Pro Plus (Media Cibernetics). Resultados: Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular e formação de granulomas são achados comuns nas lesões papulares causadas por L. braziliensis. A extensão da área de inflamação variou de 3% a 73%. Houve uma correlação linear significativa entre a extensão da inflamação e a presença de vasos vW+. As células mais frequentes no infiltrado inflamatório foram os macrófagos CD68+, seguido por células B CD20+ e células T CD4+. Houve uma correlação linear significante entre células CD4+ e CD20+ e a área inflamada. Amastigotas foram detectadas por HE e imunohistoquímica em nove biópsias, todos os dezoito aspirados foram positivos para L. (Viannia) braziliensis nos cultivos in vitro. Conclusão: Pela análise histopatológica e imunohistoquímica em lesões fechadas causadas por L. braziliensis, observamos a presença de inflamação crônica variável qualitativa e quantitativamente. Com a expansão da área de inflamação, células CD4+ aumentam proporcionalmente ao número de vasos encontrados e células CD20+.