As relações de reprodução social da Associação Regional de Produtores Agroecológicos (ARPA) no contexto da região sudoeste de Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Vander Antonio dos
Orientador(a): Pignat, Wanderlei Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27000
Resumo: Este trabalho teve como objetivo principal, compreender a relação de reprodução social da Associação Regional de Produtores Agroecológicos ARPA - no contexto da região sudoeste do estado de Mato Grosso, apontando a forma de organização das famílias assentadas no assentamento Roseli Nunes para produção de alimentos de base agroecológica. Seu objetivo foi de compreender como esta organização, torna-se um instrumento de resistência das famílias para sobreviver na terra e ao mesmo tempo contrapor o modelo de produção capitalista do agronegócio. O estudo procurou entender a relação de produção e organização da ARPA na perspectiva da luta de classes. Divididos em três capítulo, buscou na literatura clássica apontar elementos históricos que puseram em destaque a luta dos trabalhadores camponeses. Também aponta elementos da questão agrária no Brasil e o processo de desenvolvimento do capital na agricultura. Por outro lado, enfatiza a luta de organizações e movimentos sociais na busca pela terra e ainda, organizações de trabalhadores na produção e subsistência no campo. Através de entrevistas semiestruturadas se dialogou com cinco agricultores sócios da ARPA, indagando sobre a estrutura orgânica, produção, comercialização, saúde e educação. A análise dos dados coletados foi realizada com base no materialismo histórico dialético, buscando compreender as origens dos conflitos internos e externos da Associação e com os vizinhos que se utilizam o modelo capitalista do agronegócio. Todos os agricultores entrevistados se referira a produção da Associação, destacando sua forma em produzir alimentos saudáveis, cuidado com o ambiente, o não uso dos agrotóxicos, a diversificação da produção e o aumento da produtividade. Sobre comercialização, destacou a forma coletiva que se realiza este processo, a relação política que estabelece com os diferentes espaços de venda dos produtos, a intencionalidade de defesa da reforma agrária e da agroecologia, além de apontar dados dos produtos comercializados e do público beneficiado neste processo. Portanto, o estudo sobre a ARPA, destacando sua forma de organização demonstrou um esforço prático desta Associação em construir a resistência e permanência das famílias no assentamento, chegando à conclusão de que a mesma se constitui como um instrumento de organização dos trabalhadores na região, porém suas ações continuam tímidas quando se refere à mudança de estrutura do modelo de produção capitalista.