O saneador do Brasil: Saúde Pública, Política e Integralismo na trajetória de Belisário Penna (1868-1939)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Leonardo Dallacqua de
Orientador(a): Wegner, Robert
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50326
Resumo: Esta tese trata da trajetória do médico Belisário Penna, especialmente no que diz respeito à sua atuação como homem público e à sua interpretação de país. Integrante da equipe de Oswaldo Cruz, no Instituto Oswaldo Cruz, Penna consolidou-se como um intérprete da nação que buscava por meio de uma “consciência sanitária” resolver questões de ordem social, médica, política e moral do Brasil. Sua proposta de saneamento era, por excelência, a construção de uma análise sociológica de nação. Tal construção estava acompanhada da influência da obra de Alberto Torres e da discussão política que percebia no republicanismo, no liberalismo e na descentralização federalista, algumas das causas de desassistência da população. Em meio a esse debate, a tese apresenta de que modo Penna se alinhou à geração de intelectuais decepcionados com a República. Além de Torres, Penna dialogou com Licínio Cardoso, Antônio Carneiro Leão, Oliveira Vianna, Renato Maurity Jardim e Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda. No seu projeto de nação saneada, moralização política, autoritarismo e centralismo político e administrativo tornavam-se parte de sua ação como homem público. Razões que o levaram a participar do golpe de 1930. Demonstro como ocorreu a sua passagem do projeto autoritário de Vargas para o integralismo de Plínio Salgado. Após se decepcionar com o Governo Vargas, Penna militou na Ação Integralista Brasileira. A tese visita toda a trajetória de Penna como homem público, bem como destaca-o na condição de um ator histórico que realizou uma leitura política de Brasil a partir de uma ideia de “consciência sanitária”.