Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pires, Vícinius Couto |
Orientador(a): |
Formiga, Fabio Rocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34868
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Resumo: |
Dengue, febre chikungunya e febre por Zika vírus representam as arboviroses de maior carga no Brasil, onde o Aedes aegypti é o principal vetor de transmissão viral. A principal abordagem de prevenção dessas arboviroses é o controle da população de mosquitos adultos. Estudos fitoquímicos têm demonstrado o potencial de óleos essenciais como larvicidas, sendo uma alternativa promissora de combate ao A. aegypti. Contudo, estes óleos apresentam limitações de solubilidade em meio aquoso e tendem a perder atividade após períodos de exposição à radiação solar. Visando superar tais limitações, a encapsulação de frações oleosas em nanocápsulas poliméricas deve permitir o aumento do tempo de vida útil dos compostos bioativos, garantindo, assim, sua bioatividade e ação larvicida. OBJETIVO: Este trabalho busca desenvolver nanocápsulas de poli(ε-caprolactona) contendo o óleo essencial de Melaleuca alternifolia como nanolarvicida contra o Aedes aegypti. MATERIAIS E MÉTODOS: Inicialmente, o óleo de M. alternifolia foi caracterizado por cromatografia gasosa. Nanocápsulas foram produzidas pelo método de nanoprecipitação e caracterizadas quanto ao tamanho, polidispersão, potencial de superfície, morfologia e eficiência de encapsulação. A estabilidade físico-química das nanosuspensões armazenadas a 25 ± 2°C foi avaliada pelo monitoramento do tamanho de partícula, pH, condutividade elétrica e turbidez durante 90 dias. Ensaios colorimétricos de viabilidade celular (Alamar Blue) foram realizados para caracterizar o efeito citotóxico do óleo essencial em macrófagos J774 e queratinócitos da linhagem HaCat. A atividade larvicida do óleo livre (emulsionado em Tween 80) e nanoencapsulado foi determinada através de bioensaios de acordo com a metodologia preconizada pela OMS. RESULTADOS: Na caracterização do óleo, foram identificados 20 compostos voláteis - sendo terpinen-4-ol o composto majoritário. Com relação ao efeito larvicida do óleo, observou-se que partir de 100 ppm todas as larvas expostas morreram, sendo possível determinar a doses letais em 24 horas (LC50=69,374 ppm; LC90=101,56 ppm) e em 48 horas (LC50=68,325 ppm; LC90=98,908 ppm). Nos ensaios de citotoxicidade, não houve redução significativa da viabilidade de macrofagos e queratinócitos em concentrações próximas ao LC90 do óleo contra larvas de A. aegypti. As nanocápsulas contendo o óleo de M. alternifolia apresentaram-se esféricas, com tamanho médio de 172,4 nm, PDI 0,1 e potencial zeta ‒26,35 mV. No processo de nanoprecipitação houve uma perda de 29% na massa de óleo ea eficiência de encapsulação em relação ao óleo presente na formulação foi de 90%. Durante 60 dias de armazenamento, as nanosuspensões mantiveram seu aspecto visual, sem evidências macroscópicas de fenômenos de instabilidade física. Neste período, não foram observadas variações nos valores de turbidez e tamanho de partícula. As nanocápsulas prolongaram o tempo de vida útil do óleo após formulação e apresentaram efeito inseticida de ação moderadamente lenta, com LC50 564,9 ppm em 48 horas. CONCLUSÃO: Este trabalho demonstrou o potencial larvicida do óleo de M. alternifolia, o qual pôde ser formulado em nanocápsulas poliméricas, cujo incremento da atividade larvicida poderá ser alvo de futura investigação. |