Fundação das pioneiras sociais: contribuição para o controle do câncer do colo do útero no Brasil 1956-1990

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Temperini, Rosana Soares de Lima
Orientador(a): Teixeira, Luiz Antonio da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24026
Resumo: Este estudo analisa a atuação da Fundação das Pioneiras Sociais nas políticas públicas voltadas para a assistência à saúde da população feminina a partir de meados do século XX e, mais especificamente, sobre a sua contribuição para o controle do câncer do colo do útero no Brasil. No que concerne ao desenvolvimento das ações para o controle dessa doença, a Fundação das Pioneiras Sociais contribuiu de forma significativa com a criação e o patrocínio de um centro de pesquisas voltado para a saúde da mulher. A Fundação das Pioneiras Sociais surgiu por iniciativa da primeira dama Sarah Kubitschek e exerceu suas atividades entre os anos de 1956 a 1990. Procuramos acompanhar a trajetória da Fundação em sua obra de benemerência, que culminou com a criação de escolas pelo interior do país, de hospitais especializados, hospitais-volantes equipados para o atendimento médico e odontológico e hospitais flutuantes, na Amazônia. Particular ênfase foi dada à abordagem das chamadas doenças crônico-degenerativas, sobretudo os cânceres femininos, baseadas na promoção da saúde e em estratégias de prevenção. Nossa hipótese de pesquisa é que a partir da década de 1960, ações desenvolvidas no âmbito da FPS permitiram aos médicos da instituição um acúmulo de conhecimentos e experiências que contribuíram para a elaboração de políticas voltadas para a saúde da mulher, com vistas a um impacto positivo sobre os indicadores do câncer de colo do útero no Brasil. A história dessa instituição nos permite analisar não só a sua trajetória, mas também as condições sociais que presidiram a sua atuação: as razões que levaram à sua criação, as funções que lhe foram atribuídas, as atividades que realizaram e o seu papel na implantação de uma nova abordagem para o controle do câncer do colo do útero, baseadas na promoção da saúde, na prevenção e na detecção precoce.