Avaliação do potencial de fungos na degradação do herbicida atrazina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pereira, Patrícia Maia
Orientador(a): Silva, Manuela da, Leitão, Viridiana Santana Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9702
Resumo: No Brasil, a expansão de área plantada de cana-de-açúcar, impulsionada pela demanda crescente do etanol como combustível que compõe a matriz energética nacional, é acompanhada pelo aumento no consumo de insumos específicos para a cultura, incluindo os herbicidas. Dentre os herbicidas mais utilizados na agricultura, a atrazina (2-cloro-4-etilamina-6-isopropilamina-s-triazina), um herbicida da classe dos triazínicos, é usada intensivamente no controle de ervas daninhas em pré ou pós-emergência. Devido a sua estrutura química representada por um anel triazínico substituído com cloro, etilamina e isopropilamina, a atrazina se mostra uma substância altamente recalcitrante para a degradação biológica no ambiente. A aplicação de fungos para biodegradação de substâncias químicas recalcitrantes vem sendo amplamente estudada. Portanto, o presente estudo teve como objetivo testar a tolerância de Candida rugosa INCQS 71011, Lentinula edodes INCQS 40220, Penicillium simplicissimum INCQS 40211 e Pleurotus ostreatus UFLA ao herbicida atrazina na concentração final de 10 mgL-1 e a partir desses resultados, os fungos que se apresentaram tolerantes foram selecionados e utilizados para os testes de degradação de atrazina e o melhoramento da composição do meio de cultivo visando um maior percentual de degradação. Foi constatado que a tolerância não se mostrou relacionada à degradação. Embora todos os fungos estudados tenham se mostrado tolerantes à presença de atrazina, somente Pleurotus ostreatus UFLA foi capaz de degradá-la e produzir a enzima lacase. Nos experimentos de degradação, o fungo Pleurotus ostreatus UFLA avaliado por 15 dias atingiu um percentual máximo de 39% no 15° dia de cultivo, produzindo os metabólitos desetilatrazina e deisopropilatrazina.