Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Diana Angélica dos Santos |
Orientador(a): |
Veras, Patricia Sampaio Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58283
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Parasitos do gênero Leishmania são causadores da zooantroponose conhecida como leishmaniose. Muitos fármacos têm sido usados no tratamento da leishmaniose, no entanto, em razão dos efeitos colaterais graves e aparecimento de falha no tratamento, faz-se necessário o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da doença. Na nossa equipe, foi demonstrada a eficácia do composto 17-AAG como um agente leishmanicida, porém apresenta limitações na sua utilização. Para contornar essa dificuldade, decidimos avaliar o seu análogo INH-2 que apresenta melhores propriedades farmacocinéticas e já mostrou ser eficaz em reduzir significativamente o tamanho da lesão de camundongos, porém, pouco se sabe da sua atividade em modelo de leishmaniose visceral causado pela L. infantum. Além disso, sistemas nanoestruturados de liberação de fármacos podem melhorar a eficácia do tratamento, pois liberam o ativo de forma controlada diminuindo seus efeitos colaterais. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial leishmanicida do INH-2 em modelo in vitro no tratamento de macrófagos murinos infectados com L. infantum. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizada a padronização do protocolo de encapsulamento do INH-2 em nanopartículas, posteriormente, a caracterização das nanopartículas produzidas e avaliamos a sua eficácia em relação a viabilidade celular de macrófagos murinos e viabilidade intracelular em parasitos de L. infantum, comparando com o composto não encapsulado. RESULTADOS: Inicialmente, as nanoparticulas produzidas utilizando o polímero PCL pelo método de nanopreciptação, apresentaram boas caracterizações em relação ao tamanho, PDI e potencial zeta, porém, devido a sua baixa eficiência de encapsulamento (%EE), foi necessária a produção de novos protocolos pelo método de emulsão múltipla e simples, que, após algumas repetições, conseguimos obter uma %EE de 100%. Adicionalmente, mostramos que o INH-2 livre é 6 vezes mais tóxico para as células hospedeiras do que quando se encontra incorporado a nanopartículas, com um CC50 de 3,2057 μM para o composto livre e 20,13 μM para o composto encapsulado. De forma similar, o IC50, nos tempos de 48 e 72 horas de tratamento foram, respectivamente, de 0,2766 nM e 0,3062 nM. Para o composto encapsulado, o valor encontrado foi de 17,54 nM no tempo de 48 horas de tratamento. CONCLUSÃO: Em conjunto, nossos resultados mostram que há uma grande vantagem do encapsulamento do INH-2 em nanopartículas poliméricas, visto que, a sua utilização reduziu a toxicidade do composto para as células hospedeiras in vitro. Apesar do encapsulamento com a formulação a base de PLGA ter resultado de IC50 muito superior ao do composto livre, o índice de seletividade (IS) mostrou valores suficientemente elevados (SI = 1000) para testes futuros in vivo. Esses dados indicam que as formulações produzidas são promissoras, apesar de ser necessário realizarmos estudos adicionais para aperfeiçoar os métodos de encapsulamento utilizados na produção das nanopartículas poliméricas, além de ensaios para avaliar a eficácia do INH-2 encapsulado comparado ao composto livre in vivo |