A Fundação Abrigo do Cristo Redentor e sua atuação na cidade do Rio de Janeiro (1946 a 1960)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Caminha, Mônica de Souza Alves da Cruz
Orientador(a): Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56483
Resumo: A tese investiga a Fundação Abrigo do Cristo Redentor e a sua atuação na cidade do Rio de Janeiro no período democrático do Brasil Republicano (1946 a 1960), especificamente a partir de dois dos seus departamentos: o de Pesca e o Abrigo do Cristo Redentor. A aquisição da trawler “Presidente Vargas”, em 1952, é considerada um marco na história dessa entidade assistencial, pois permitia capturar uma enorme quantidade de peixes por viagem. Isso impulsionou o deslocamento das suas atividades pesqueiras da Escola de Pesca Darcy Vargas para o Entreposto da Pesca, na praça XV; o seu ingresso no mercado de abastecimento do pescado da Capital Federal, principalmente na Semana Santa; um lugar na mesa de negociações das autoridades responsáveis pelo assunto – como na Comissão Federal de Abastecimento e Preços; e ganhos capazes de garantir a manutenção, inclusive, de outros departamentos daquele complexo assistencial. A tese analisa ainda a parceria do Abrigo do Cristo Redentor com a Seção de Repressão à Mendicância, vinculada à Delegacia de Vigilância, do Departamento Federal de Segurança Pública, pela qual essa entidade assistencial recebeu, na época, o maior quantitativo de mendigos retirados das ruas pela polícia. Outro aspecto destacado é o acolhimento, por essa unidade, de doentes encaminhados por diferentes hospitais da cidade do Rio de Janeiro. Por fim, se buscou investigar a política de subvenção adotada pelo Governo Federal entre 1946 e 1960 – quando o centro de decisão sobre a questão passou do Conselho Nacional de Serviço Social para o Congresso Nacional. Examina-se como a Fundação Abrigo do Cristo Redentor se adaptou a esses novos tempos para adquirir subsídios, e o papel desempenhado por Raphael Levy Miranda – seu idealizador e provedor perpétuo – no processo de obtenção de recursos fundamentais para a manutenção das atividades daquela entidade assistencial.