O alcoolismo no Hospício Nacional de Alienados (1852-1903): uma análise dos discursos e das práticas médicas através dos prontuários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Alessandra Lima da
Orientador(a): Kodama, Kaori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53512
Resumo: Esta pesquisa busca compreender a construção do diagnóstico alcoolismo por meio dos debates teóricos e das práticas médicas exercidas no Hospício de Pedro II e Hospício Nacional de Alienados, por meio de prontuários clínicos de pacientes da instituição, entre os anos de 1852 e 1903. Os debates sobre o alcoolismo estiveram presentes nas obras sobre a degeneração e nas teorias raciais, e também figuraram nas teses médicas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e nos periódicos científicos, como O Brazil-Medico e a Gazeta Médica da Bahia. A partir da circulação e das discussões sobre o tema, o alcoolismo foi ganhando contorno e passou a ser compreendido como uma doença social, ou seja, um mal que estava relacionado com às condições de vida dos indivíduos alcoolistas. Ao longo desta dissertação, discuto quais foram os principais pontos defendidos por alguns dos médicos que abordaram a doença, quais eram os tratamentos indicados e como a degeneração e as teorias raciais estavam relacionadas na construção deste diagnóstico. Para compreender a prática médica em relação à doença, investigo, por meio dos prontuários clínicos, a trajetória do Hospício de Pedro II, nomeado Hospício Nacional de Alienados em 1890, uma das instituições que receberam os alcoolistas na segunda metade do século XIX e início do século XX