Mulheres dos Cabelos Brancos: cartografias do cuidado de si no mundo do samba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Adriana Miranda de
Orientador(a): Bonan, Claudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55503
Resumo: O enredo que se apresenta nas próximas páginas nasce da força desestabilizadora do encontro entre uma profissional de saúde e uma “Tia” na roda de samba do Renascença Clube, o qual fez entrever a possibilidade do mundo do samba ser um universo de referência potente na produção de outras formas de pensar/viver a relação com a saúde e a velhice. Em diálogo com as reflexões foucaultianas quanto às relações de saber/poder/subjetivação são analisadas as modulações neoliberais do capitalismo na produção de um sujeito empresário de si. Interessa problematizar as repercussões da racionalidade governamental contemporânea na produção da saúde e da velhice, questionando a lógica preventivista e prescritiva do aparato biomedicina, epidemiologia e promoção da saúde e sua promessa de envelhecimento ativo. Nesse sentido, investiu-se em cartografar o cuidado de si no mundo do samba tal como experimentado pelas mulheres dos Cabelos Brancos, velha guarda da GRES Império Serrano. O que tornou possível acessar modos de produção de si e de realidade que se fazem em movimentos de transgressão, nos quais são acionados elementos da racionalidade hegemônica e da cosmogonia afro-diaspórica para a afirmação da vida como obra de arte.