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Epidemiologia molecular da esporotricose humana e animal no mundo: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Morgado, Debora Salgado
Orientador(a): Oliveira, Manoel Marques Evangelista de, Menezes, Rodrigo Caldas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://arca.fiocruz.br/handle/icict/62875
Resumo: A esporotricose é uma micose subcutânea cosmopolita, causada por fungos dimórficos do gênero Sporothrix, que acomete humanos e animais. A sua transmissão ocorre geralmente por meio da implantação traumática do fungo na pele. A transmissão clássica, ocorre pela inoculação traumática de Sporothrix sp. presente em plantas, madeira, solo e matéria orgânica em decomposição. A transmissão zoonótica se dá principalmente por meio de arranhadura e/ou mordedura de gatos com esporotricose. Características fenotípicas e genotípicas de diferentes isolados dentro do gênero Sporothrix foram associadas à sua distribuição geográfica, capacidade de virulência ou manifestação clínica da esporotricose. Embora vários autores relatem a existência de casos de esporotricose em todo o mundo, não há dados suficientes sobre a epidemiologia molecular das espécies. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a distribuição geográfica da esporotricose humana e animal no mundo, a partir de espécies identificadas por meio da taxonomia polifásica com o uso obrigatório de identificação molecular e avaliação da distribuição das cepas de Sporothrix sp. preservadas em coleções de culturas oficiais. Esta é uma revisão sistemática de artigos publicados entre 2007 a 2021 sobre esporotricose animal e 2007 a 2017 sobre esporotricose humana e/ou isolados ambientais. Neste estudo identificamos que maioria dos isolados foi relatada na América do Sul (55%). Em comparação, o continente que mais armazenou cepas em coleção de cultura foi Oceania (100%), seguido pela África (82%). Em relação as espécies, Sporothrix schenckii foi mais frequente na América do Norte, América Central e África. Sporothrix brasiliensis foi mais isolada na América do Sul. Sporothrix globosa foi mais frequente na Àsia. E Sporotrhrix pallida foi mais isolada na Europa. Esta revisão sistemática confirmou a dificuldade de se obter a frequência de espécies de Sporothrix sp., armazenadas em coleção de cultura e a escassez de dados sobre a identificação molecular da esporotricose animal e de amostras ambientais de Sporothrix sp.