Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Pâmela Figueiredo |
Orientador(a): |
Amendoeira, Maria Regina Reis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23223
|
Resumo: |
O aumento da população urbana associado a trabalho intenso contribuiu para que algumas pessoas escolhessem um animal de estimação mais independente, como o gato doméstico. Por outro lado, esta situação proporciona, por variados motivos, o abandono desses animais, elevando o número de gatos errantes e, com isso o, aumento de felinos em gatis públicos. Esses animais podem se infectar com o protozoário Toxoplasma gondii, que pode também infectar outros mamíferos, inclusive o homem e também aves. Em razão de serem os felinos os únicos hospedeiros definitivos de T. gondii e também devido a poucas informações sobre esta protozoose nas populações desses animais, este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da infecção por esse protozoário em gatos domésticos cativos e errantes em dois ambientes distintos da zona oeste do município do Rio de Janeiro. No período de agosto de 2014 a outubro de 2015 os gatos cativos de um gatil municipal do Rio de Janeiro e os errantes que habitam um conjunto de Condomínios na Barra da Tijuca foram capturados, identificados individualmente por microchips e submetidos a coletas de amostras biológicas de sangue e fezes em dois períodos distintos de no mínimo quatro meses e no máximo oito meses. Ao total foram coletadas no primeiro período do estudo 261 amostras de sangue dos gatos cativos e na segunda etapa 93 amostras de sangue e 91 de fezes. Já na população errante foram coletadas 172 amostras de sangue e fezes no primeiro período e 56 no segundo. O diagnóstico sorológico foi realizado pela hemaglutinação indireta (HAI) e reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e o diagnóstico coproparasitológico por meio das técnicas de centrífugo-sedimentação em tubo cônico e técnica de Sheather modificada por Huber. De forma geral, a soroprevalência evidenciada para T. gondii nos gatos cativos foi de 23,8% e nos errantes 18%. Dos gatos acompanhados, 18% apresentaram soroconversão, não havendo diferença estatística significativa entre os dois grupos. O maior percentual de soroconversão nos gatos cativos ocorreu no perfil de IgG negativo na primeira análise e IgG positivo na segunda, 80%. Destes animais, 15,7% apresentaram título de 1:64 e 3,6% títulos de 1:256 na segunda amostra. Todos os gatos errantes que apresentaram soroconversão possuíam títulos de IgG 1:64 na primeira análise e modificaram seu perfil sorológico para não reagente na segunda. Associando as duas populações de felinos estudadas, a copositividade observada em ambas às técnicas, HAI e RIFI foi de 6,7%. O grau de concordância entre essas técnicas foi classificado como razoável, o que demonstra a necessidade da associação de técnicas sorológicas com diferentes fundamentos. Não foi detectado oocisto com morfologia similar a T. gondii no material fecal dos animais. Ao avaliar de forma indireta e direta a infecção de T. gondii nos gatos cativos e errantes foi demonstrado um percentual de positividade moderado e baixo, respectivamente. Com a identificação individual dos gatos foi possível recapturar alguns animais para nova análise e confirmar a soroconversão em ambas as populações. Tal fato permitiu determinar a circulação epidemiológica do parasito nos ambientes estudados. Palavras-chave: Toxoplasma gondii, gato doméstico, imunodiagnóstico, perfil epidemiológico. |