Obtenção de anticorpo monoclonal anti-dengue tipo 2 em diferentes meios e sistemas de cultivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Zanatta, Aline Stelling
Orientador(a): Souza, Marta Cristina de Oliveira, Castilho, Leda dos Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5824
Resumo: Desde o trabalho de Köhler e Milstein (1975), hibridomas tem sido cultivados para obtenção de anticorpos monoclonais com finalidade de uso em pesquisa, diagnóstico e terapia. O método tradicional de obtenção de anticorpos monoclonais em altas concentrações é através de indução de ascite em camundongos. Estatécnica vem sendo substituída por cultivos de hibridomas em altas concentrações celulares. Neste trabalho, foram cultivados hibridomas secretores de anticorpos monoclonais anti-dengue tipo 2 em frascos T, garrafas rotatórias (roller) e frascos do tipo spinner, utilizando-se o meio DMEM, suplementado com soro fetal bovino a 10%, e o meio comercial livre de soro animal Ex-Cell® TiterHigh TM (Sigma). Ao longo dos diferentes cultivos, foram avaliadas a concentração celular, viabilidade celular e as concentrações de nutrientes (glicose eglutamina), metabólitos (lactato e amônio) e produto (IgG). A partir dos resultados obtidos, foram calculadas as grandezas representativas do metabolismo celular: concentração máxima de células (X máx), taxa específica de crescimento celular (µexp), tempo de duplicação (td) e coeficientes de rendimento de glicose em células (YX/glc), glutamina em células (Y X/gln), células em produto (YP/X), glutamina em amônio (YNH4/gln), glicose em lactato (Ylac/glc), glicose em produto (YP/glc) e glutamina em produto (YP/gln). O meio livre de soro mostrou ser capaz de fornecer melhores condições para o crescimento celular (alcançando 4 x 106 céls/mL), mantendo a viabilidade por um período maior de tempo, nos três sistemas decultivo testados. Quanto à formação de produto, no meio livre de soro, os hibridomas também secretaram altas concentrações de IgG, alcançando níveis de 3 µg/mL. Os melhores resultados de crescimento e viabilidade celular foram observados em garrafas rollera 40 rpm (após adaptação a rotações inferiores) e a produção de IgG foi maior em garrafas rollera 16 rpm (também após adaptação a rotações inferiores) e em frascos do tipo spinner a 50 rpm (após adaptação a rotações inferiores em garrafas rolleraté 40 rpm). Quando foram comparadas as concentrações de IgG entre os sobrenadantes de cultivo e três amostras de fluido ascítico do mesmo hibridoma, foi observado que o fluido ascítico continha concentrações 10 a 20 vezes maiores que as obtidas nos sobrenadantes de cultivo. Entretanto, como os volumes de sobrenadantes de cultivo são significativamente maiores do que os de fluido ascítico de camundongos, infere-se que é viável a substituição da produção in vivopela obtenção do anticorpo monoclonal estudado neste trabalho em sistemas agitados, utilizando-se meio livre de soro animal. Contudo, sugere-se a condução de experimentos adicionais para confirmação da total viabilidade da obtenção de anticorpos monoclonais anti-dengue tipo2 in vitroutilizando o processo proposto no presente trabalho.