Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Reis, Elis Regina Chaves dos |
Orientador(a): |
Costa, Filipe Aníbal Carvalho,
Castro, José Adail Fonseca de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14738
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Resumo: |
As estratégias brasileiras de controle das geohelmintíases têm sido alinhadas àquelas propostas pela Organização Mundial da Saúde, o tratamento periódico coletivo de crianças em idade escolar com drogas anti-helmínticas. Esta estratégia potencialmente leva a um desconhecimento dos cenários epidemiológicos regionais. O presente estudo visou estimar a prevalência e a distribuição das parasitoses intestinais em um município da Região dos Carnaubais, no estado do Piauí. Foi realizado um estudo transversal incluindo 81 famílias e 298 pessoas. As técnicas parasitológicas utilizadas foram o Ritchie, Faust, Kato-Katz e Baerman-Moraes. As prevalências dos diferentes parasitas intestinais foram as seguintes: ancilostomídeos, 14,1% (42/298); Strongyloides stercoralis, 0,34% (1/298), Enterobius vermiculares, 3% (9/298) e Rodentolepis nana, 0,34% (1/298), Giardia intestinalis, 8,4% (25/298) e E. histolytica/E.dispar, 1,3% (4/298). Dos participantes positivos, 76,3% (87/114) estavam monoparasitados e 23,6% (27/114) apresentavam dois agentes parasitários ou mais. Entre as 42 pessoas com ancilostomíase, foi possível determinar a carga parasitária de 27 (64,3%). Entre estas, 24 (89%) tinham infecções de baixa intensidade caracterizadas por carga parasitária inferior a 2.000 ovos por grama (opg) de fezes, com média de 318 ± 348 opg. Observaram-se 3 pessoas (11,1%) com infecções de média intensidade (2.000 a 3.999 opg). Há uma tendência de aumento da intensidade da infecção com a redução da idade (R = -0,26), porém sem significância estatística (p = 0,195). Foram medidos 17 exemplares de ovos de ancilostomídeos O comprimento dos ovos variou entre 53,52 \03BCm e 65,7 \03BCm, com média de 61 ± 3,4 \03BCm. A largura variou entre 37,32 \03BCm e 43,15 \03BCm, com média de 40,29 ± 1,94 \03BCm. Desta forma, o comprimento e a largura de todos os ovos é compatível com ancilostomídeos, Observaram-se casos de ancilostomíase em quase todas as localidades pesquisadas. Observou-se que a taxa de positividade para ancilostomíase das famílias que praticam evacuação a céu aberto é significativamente superior (10/32 [31,2%]) àquela apresentada pelas famílias que possuem latrina (6/49 [12,2%]), p = 0,035. A ancilostomíase é a única geohelmintíase presente na região, estando associada com hábitos de defecação, sendo mais frequente em localidades com solo arenoso |