Estudo da adesão à terapêutica antirretroviral em adolescentesinfectados pelo vírus da imunodeficiência (HIV) em um hospital de grande porte na Cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Suet, Michela Marini
Orientador(a): Carvalho, Eliane Hollanda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24234
Resumo: O trabalho discute as principais barreiras enfrentadas pelos adolescentes na adesão à terapia antirretroviral em um contexto específico: o Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital dos Servidores do Estado, na cidade do Rio de Janeiro. A faixa etária compreendida neste estudo foi de 10 a 24 anos seguindo critérios da Organização Mundial da Saúde e do Programa de Saúde do Adolescente do Ministério da Saúde. Os pacientes foram previamente selecionados a partir da análise de seus dados disponíveis nos prontuários e de entrevistas semi-estruturadas realizadas com a médica e a enfermeira responsáveis pelo ambulatório. Entre os adolescentes selecionados, foram entrevistados oito pacientes, seis do sexo feminino e dois do sexo masculino, de 18 a 24 anos. A partir do material obtido nas entrevistas foram definidas as seguintes dimensões de análise: revelação/aceitação; viver com HIV e AIDS; suporte da equipe de saúde e da família e cumprimento terapêutico, e sua relação ao processo de adesão aos antirretrovirais. Os adolescentes enfatizaram as principais dificuldades enfrentadas no dia a dia: preconceito, discriminação e estigma, que podem causar sentimentos que tendem a deixá-los vulneráveis ao abandono do tratamento. A aceitação da doença é um processo constante, sempre momentâneo e pontual. O apoio dos familiares e da equipe de saúde, através do “grupo de jovens” foram primordiais no processo de adesão ao tratamento. Todos os adolescentes, embora reconheçam a importância de ingerir seus medicamentos corretamente, relataram dificuldades para seguir o tratamento à risca. O futuro é visto com insegurança por todos os entrevistados, mas mesmo assim, sonhos como constituir uma família e criar os filhos tem vez na vida destes jovens. Os resultados deste estudo demonstram que a adesão vai muito além de tomar o medicamento certo, na hora certa e na dose certa e que não é possível predizer os motivos que levam à não adesão, pois estes são fatos peculiares e próprios da história de cada indivíduo.