Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Carla Patricia Figueiredo Antunes de |
Orientador(a): |
Kligerman, Débora Cynamon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57485
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Resumo: |
Os medicamentos, quando consumidos, podem ser totalmente ou parcialmente metabolizados. Estes subprodutos são eliminados pelos usuários em suas casas e seguem para o sistema de esgotamento sanitário. Como são desenvolvidos para manterem suas propriedades bioquímicas durante o seu uso, isso pode representar um potencial risco de exposição ambiental. Para identificar os problemas associados aos resíduos de medicamentos no meio ambiente, é necessário calcular e avaliar o risco ambiental destes poluentes. Uma das ferramentas para este cálculo é o quociente de risco. Este estudo teve como objetivo calcular o risco ambiental estimado (QRest) dos resíduos excretados de medicamentos a partir da quantidade distribuída entre 2012 e 2021 pelas unidades de Atenção Primárias à Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro (MRJ). Foi necessário identificar as classes de medicamentos mais distribuídas pelas APS, para poder calcular quais causam maior contaminação no meio ambiente e associá-las as áreas de planejamento (AP) onde tiveram maiores QRest a partir da elaboração de mapas de georreferenciamento. A coleta de dados foi realizada através do sistema da secretaria de saúde do MRJ. A cefalexina foi o que apresentou maiores PECest e QRest. Os antibióticos azitromicina, cefalexina e ciprofloxacino apresentaram alto QRest, exceto a amoxicilina com clavulanato (QRest moderado). Somente o hormônio etinilestradiol teve um QRest moderado, enquanto os demais (levonogestrel e noretisterona) foram insignificantes. A amitriptilina e a fluoxetina foram os antidepressivos que tiveram o QRest moderado, e o clonazepam foi ansiolítico que teve um risco baixo. As AP 3.1 e 5.3 apresentaram maior QRest para a maioria dos medicamentos estudados. Este estudo mostrou que a avaliação do risco ambiental, a partir da quantidade de medicamentos consumidos e sua farmacocinética associada à população atendida, pode servir como uma ferramenta de gestão de riscos e de monitoramento destes compostos nas diferentes matrizes hídricas das AP do MRJ, levando a crer no uso aprorpiado como ferramenta fundamental. |