Saúde emocional: gênero e gestão escolar

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Dionísio, Juliana Soares
• Orientador(a): Queiroz, Paulo Pires de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47486

A definição de saúde passou a ser mais complexa ao longo dos anos, contemplando toda a magnitude da vida. Ao observar a humanidade, é possível identificar que papéis distintos são esperados de homens e mulheres, e nesta perspectiva, acredita-se que verossímeis processos de submissão feminina estão sendo vividos na escola básica. Nesse cenário, não tem sido poucas as mulheres a apresentarem distúrbios emocionais. Diante do exposto, nasce a questão norteadora deste trabalho: de que forma as questões relacionadas ao gênero podem contribuir para elevar a incidência de problemas emocionais em uma escola básica do Rio de Janeiro? O objetivo desse estudo é analisar possíveis regularidades entre os papeis hierárquicos socialmente atribuídos a homens e mulheres e a incidência de doenças psíquicas no corpo docente e discente. A proposta compreende um estudo de caso, adotando como estratégia: a realização de entrevistas semiestruturadas com professores/as, funcionários/as, alunos/as; o desenvolvimento de oficinas pedagógicas; a coleta de documentos que regulam a vida dos sujeitos no campo; a observação livre e o registro em diário de campo. Como instrumento de análise, utilizou-se a triangulação de dados. Os resultados apresentados apontam para uma profunda influência das questões de gênero no âmbito da escola, sem que os indivíduos participantes da pesquisa tenham clareza sobre esta ingerência. Identificou-se ainda, o influxo dessa estrutura sobre a promoção de saúde e doença. Percebeu-se uma significativa dificuldade na compreensão do significado do conceito de gênero e sua influência na vida como um todo. A análise dos dados indicou a necessidade de mecanismos que esclareçam, façam refletir e promovam ações que visem dirimir as desigualdades nas relações de gênero dentro dos espaços escolares, levando em conta a capacidade socializadora e emancipatória destes locais. Ademais, este trabalho almejou contribuir para reflexões acadêmicas e escolares profícuas acerca da temática.