Saneamento e saúde na Amazônia Legal: uma análise de situação de ambiental nos municípios do estudo do Maranhão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Viana, Rosana Lima
Orientador(a): Freitas, Carlos Machado de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40151
Resumo: O presente estudo teve por objetivo realizar uma análise de situação de saúde ambiental dos municípios que compõem a Amazônia Legal do estado do Maranhão. Conforme a metodologia proposta, o estudo teve um recorte quantitativo e qualitativo. Para o primeiro recorte, inicialmente foi desenvolvida uma revisão teórica com base nos temas saúde, ambiente e desenvolvimento, para em seguida analisar os indicadores socioeconômicos, ambientais e de saúde disponíveis dos estados. No momento seguinte, foi caracterizada a região da Amazônia Legal do Maranhão segundo seus aspectos históricos, geográficos, ambientais, sociais e de desenvolvimento econômico. Posteriormente, foram explorados os indicadores segundo a metodologia “Forças Motrizes, Pressões, Situação, Exposição e Efeitos” (FPSEE), tendo como problema ambiental o saneamento inadequado nos municípios. O recorte qualitativo do estudo foi realizado no município de Santa Inês (MA) e teve por objetivo compreender a realidade local da região, visando encontrar problemas não dimensionados pelos indicadores percebidos pela população. Os resultados revelaram uma Amazônia Legal dinâmica e muito heterogênea, com uma população crescente e concentrada principalmente em áreas urbanas, onde a degradação ambiental e os projetos de desenvolvimento voltados para a exploração de recursos naturais estão associados, conformando um quadro complexo de problemas de saúde. Portanto, o crescimento econômico observado não foi acompanhado na melhoria dos indicadores de distribuição (PIB per capita), sociais (Incidência da Pobreza, Índice de Desenvolvimento Humano e indicadores educacionais), ambientais e de saneamento, persistindo desigualdades. Na situação de saúde, mantém-se a expressividade das doenças infecciosas e parasitárias relacionadas às intensas mudanças ambientais e às precárias condições de vida. Desse modo, ao mesmo tempo que o modelo de desenvolvimento vem propiciando a melhoria de alguns indicadores econômicos, sociais e mesmo de saúde, observam-se intensas mudanças ambientais e grandes desigualdades, que produzem vulnerabilidades e efeitos negativos no quadro ambiental e sanitário da região, associados a um rápido e precário processo de urbanização.