Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Lúcio Macedo |
Orientador(a): |
Reis, Mitermayer Galvão dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8000
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Resumo: |
Os esforços para o controle da esquistossomose no Brasil foram iniciados na década. de 70, no entanto, a doença permanece como um problema de saúde pública no país,. com prevalência aproximada de 5%. As atuais estratégias de controle são focalizadas. no tratamento dos indivíduos infectados e obtiveram redução considerável na. prevalência, morbidade e mortalidade da esquistossomose. O praziquantel é o. medicamento utilizado atualmente no Brasil e apresenta uma eficácia de 80 a 90%.. Apesar da redução da prevalência e das formas graves da doença, a sucessiva. repetição do tratamento quimioterápico levanta questionamentos sobre a eficácia do. mesmo ao longo do tempo e a respeito do surgimento de resistência ao medicamento.. Com o objetivo de estudar o efeito do tratamento quimioterápico repetido nas. populações de Schistosoma mansoni foram selecionadas duas localidades rurais e. uma urbana do estado da Bahia. Foi utilizada uma estratégia de amostragem robusta e. um número de marcadores polimórficos neutros suficientes para demonstrar diferenças. entre microrregiões em momentos de equilíbrio entre deriva genética e migração, nas. comunidades da zona rural e urbana, e em momentos de estresse evolutivo póstratamento,. apenas nas comunidades rurais. Em termos epidemiológicos as localidades. estudadas se mostraram com uma alta prevalência de esquistossomose. As. características epidemiológicas das populações rurais e urbanas foram muito similares. em diversos aspectos, principalmente nos fatores de risco para aquisição da doença.. Repetidos tratamentos com o praziquantel reduziram significativamente as taxas de. prevalência, reinfecção, incidência e intensidade de infecção da esquistossomose. Os. parâmetros genéticos das populações de Schistosoma mansoni fornecem evidências. de focos de transmissão local na zona rural e urbana. Foi observada uma estabilidade. no ponto de vista genético, com baixa influência migratória, indicando que os indivíduos. tendem a se infectar na região e permanecer no ambiente ao longo da vida. As. infecções persistentes, pós tratamento, demonstraram fazer parte das populações. susceptíveis, pré tratamento. Por esta razão é improvável que a razão da persistência. da infecção seja devido a resistência ao praziquantel. Por fim, indivíduos não tratados. ou que apresentam infecção persistente são capazes de recuperar qualitativamente a. população parasitária de forma a representar a diversidade inicial, pré-tratamento, após. sucessivos tratamentos. Isso indica que para ser possível obter alguma mudança na. estrutura genética do S. mansoni, o tratamento deve ser distribuído de uma maneira. mais eficáz para as populações infectadas. Desta forma, ações integradas incluindo. saneamento básico, fornecimento de água potável, educação em saúde e tratamentos. sucessivos são essenciais para o controle e eliminação da esquistossomose. |