Uma cicatriz na selva: da propaganda aos impactos sociais e sanitários da Rodovia Transamazônica (1969-1979)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Erika Marques de
Orientador(a): Sá, Dominichi Miranda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53535
Resumo: Esta tese tem o objetivo de analisar a construção da rodovia Transamazônica (BR-230), caminhando pelas propagandas oficiais e oficiosas sobre a mesma até os impactos sociais e sanitários de sua realização, com a perspectiva de que esta obra foi síntese de um governo ditatorial, de um período de otimismo social e econômico e de instrumentalização da tecnologia da força bruta. A Transamazônica foi anunciada em 16 de junho de 1970, através do Decreto-Lei n. 1.106, como instrumento do Programa de Integração Nacional (PIN). Efetivada pelo governo de Emilio Garrastazu Médici (1969-1974), por seus diversos órgãos governamentais e por empreiteiras construtoras, a BR-230 pretendia ligar o oceano Atlântico, a partir de Cabedelo, na Paraíba, ao oceano Pacífico, em Lima, no Peru, no entanto, finalizouse na cidade amazonense de Lábrea. Nesta tese compreendemos as versões sobre a idealização da rodovia, as atuações das instituições governamentais para a sua viabilização, as propagandas do governo, o cenário cultural que a rodovia inspirou, os impactos da chegada desta em alguns povos indígenas e as promessas para os colonos dos seus projetos de colonização. Para a efetivação deste trabalho pesquisamos diferentes qualidades de documentos, como relatórios institucionais de atividades, reportagens em periódicos, estudos e levantamentos de instituições de conhecimento científico, obras literárias, entre outros