Avaliação da função do fator EIF4E2 e suas proteínas parceiras SLBP1 e SLBP2 em Trypanosoma brucei

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Falcão, Sávio Silas Farias.
Orientador(a): Melo Neto, Osvaldo Pompílio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58514
Resumo: protozoários tripanosomatídeos incluem patógenos de importância médico veterinária entre os quais se encontra o Trypanosoma brucei, espécie alvo deste estudo. A regulação gênica nesses organismos é mediada por mecanismos pós transcricionais, tais como o controle da estabilidade e tradução dos mRNAs. Em eucariotos, a regulação da tradução ocorre principalmente na etapa de iniciação, mediada por fatores de iniciação eucarióticos (eIFs). O complexo eIF4F, composto pelas subunidades eIF4A, eIF4E e eIF4G, é o responsável pelo reconhecimento dos mRNAs, com a subunidade eIF4E se ligando a extremidade 5’ do mRNA. O eIF4E possui seis homólogos já identificados nos tripanosomatídeos (EIF4E1 ao E6). O EIF4E2 é o menos conhecido deles, porém estudos mais recentes demostraram que este é capaz de se ligar de forma específica a um de dois homólogos da proteína SLBP (stem loop binding protein) de tripanosomatídeos, a SLBP2. Na maior parte dos eucariotos um único homólogo de SLBP é encontrado e em metazoários demostrou-se ter um papel na regulação do metabolismo de mRNAs de histonas. Esse estudo visa avançar no estudo do EIF4E2 e SLBPs através de duas abordagens principais: quantificação dos seus níveis intracelulares em células procíclicas de T. brucei; avaliação de proteínas parceiras associadas, através de reações de imunoprecipitação seguida de identificação por espectrometria de massas. A quantificação da expressão de ambas as proteínas foi realizada, confirmando um perfil de expressão da SLBP1, expresso constitutivamente, significativamente maior que a SLBP2, diferencialmente expressa durante o ciclo celular. Resultados de espectrometria demonstraram a associação do complexo de MKT-1 co-precipitando de forma específica com a SLBP1, sugerindo um possível papel funcional na ativação da tradução nesses organismos, enquanto que a SLBP2 e EIF4E2 aparentemente não estão associados diretamente a tradução, com a SLBP2 aparentemente se associando a um sistema de regulação envolvendo proteínas do sistema ubiquitina-proteassoma, influenciando na regulação do seu metabolismo proteico. Os resultados obtidos podem embasar futuros estudos que busquem métodos mais efetivos de combate para patologias causadas pelo T. brucei e organismos relacionados, como o T. cruzi e espécies de Leishmania.