Avaliação dos marcadores fenotípicos e funcionais da reação reversa na hanseníase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Andrade, Priscila Ribeiro
Orientador(a): Sarno, Euzenir Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13021
Resumo: Na hanseníase, a reação reversa (RR) é considerada um fenômeno de reativação imune, no qual uma resposta inflamatória abrupta se inicia, comprometendo a pele e os nervos periféricos. A RR ocorre ao longo do espectro da hanseníase, sendo descrita, inclusive, nas formas anérgicas lepromatosas (LL) subpolares. É sugerido que nas formas reacionais, células imunes da pele como macrófagos e células dendríticas, se tornam ativadas espontaneamente e iniciam uma resposta imune contra componentes do Mycobacterium leprae (ML), o que levaria a quebra da imunossupressão pré-existente. O objetivo desse estudo é caracterizar as populações celulares que constituem as lesões de pele L-lep (BL e LL) antes e no início da RR, assim como, determinar a programação genética envolvida na quebra da anergia tecidual nesse grupo durante esse episódio. O início da RR altera drasticamente a organização e morfologia da lesão L-lep, levando ao aparecimento de novas estruturas e tipos celulares, como células epitelioides, granulomas e uma grande diversidade fenotípica de macrófagos e células dendríticas. O marcador de células dendríticas plasmocitoides, CD123, foi mais expresso em lesões de pele RR do que no tecido não reacional, com a população CD123+ exibindo tanto marcadores fenotípicos de macrófagos quanto de células dendríticas. Por sua vez, o ML pôde induzir a expressão dessa molécula in vitro A análise de expressão gênica mostrou um aumento dos níveis de RNA mensageiro da interleucina-3 (IL-3), fator estimulador de colônias de macrófagos (M-CSF), fator estimulador de colônias de macrófagos e granulócitos (GM-CSF), fator de necrose tumoral-\03B1 (TNF\03B1), interferon-\03B3 (IFN-\03B3), indoleamina-2,3-dioxigenase (IDO), interleucina-15 (IL-15), receptor de vitamina D (VDR), quimiocina CXCL10 e receptor Toll-like 2 (TLR2) nas lesões RR quando em comparação com o grupo L-lep. Em síntese, nosso estudo demonstrou que o microambiente da lesão RR favorece a diferenciação e plasticidade celular, além de exibir uma variedade de populações mielomonocíticas, destacando o papel das células CD123+ e de um eixo de ativação dependente de IL-3 durante a RR