Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Damasceno, Osvaldo Correia |
Orientador(a): |
Lima, José Bento Pereira,
Ribeiro, Mário Sérgio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49207
|
Resumo: |
A Estratégia de Saúde da Família é a principal forma de organização da atenção primária em saúde no Brasil. É um espaço privilegiado para desenvolver ações de controle do Aedes aegypti. A complexidade dos fatores que interferem na dinâmica de transmissão dos arbovírus impõe novos procedimentos a serem implementados para seu enfrentamento. A integração das ações de controle do Ae. aegypti na atenção básica aparece como uma alternativa possível de ser implementada para controle. O objetivo desse trabalho foi propor ações de controle do Ae. aegypti, a serem desenvolvidas a partir da integração do Agente de Controle de Endemias com a Estratégia Saúde da Família em Altamira, Pará, em 2019. Realizou-se a metodologia da pesquisa-ação, com abordagem qualiquantitativa, utilizando as concepções metodológicas adotadas por Thiollent (2011). Foram realizados seis passos metodológicos, com coleta de dados no decorrer das visitas exploratórias, oficinas em grupo e levantamento entomológico. Foram instaladas ovitrampas nos territórios das unidades de saúde Cruzeiro e Mutirão, áreas de intervenção; Sudam 1 e Independente 2, áreas de controle. Utilizou-se 86 armadilhas ovitrampas, que permaneciam por 14 dias e eram instaladas novamente a cada 40 dias nas quatro áreas de estudo, durante sete ciclos de coleta; Mapas de Kernel construídos utilizando os Sistemas de Informação Geográfica indicavam os pontos prioritários para ação no controle do Aedes. Em duas áreas houve inserção do Agente de Controle de Endemias na Equipe de Saúde da Família, e em outras duas que eram grupo controle, manteve-se o modelo de trabalho tradicional. Os dados qualitativos foram tratados através da técnica de Analise de Conteúdo e indicaram a percepção dos sujeitos quanto a integração, os avanços e os desafios. Foram coletados 80.722 ovos. Nas áreas de intervenção, Cruzeiro e Mutirão, houve redução com significância estatística da densidade e da média de ovos de Aedes, quando comparado com a área de controle, Sudam 1 e Independente 2. No território do Mutirão, área de intervenção, a densidade de ovos caiu de 103,4 para 87,9, enquanto na área de controle do Sudam 1, a densidade de ovos subiu de 71,3 para 126,8. Na percepção do grupo, o processo de integração contribuiu no fortalecimento da atenção básica e melhora do processo de trabalho. Como avanços eles perceberam redução de vetores, maior conhecimento da equipe sobre assuntos relacionado ao vetor e maior sensibilidade da comunidade. O município de Altamira mantém as práticas de um modelo de vigilância com tendência a verticalização, distanciamento da atenção básica e pouca intersetorialidade. Dentre os desafios a serem superados, identificou-se a falta de sensibilidade dos gestores para implementar a integração. Estudos da integração do Agente de Controle de Endemias na Atenção Primária são a maioria qualitativos, faltando trabalhos que utilizem ovitrampas. A proposta de integração com os caminhos adotadas por essa pesquisa, pode fortalecer os programas de controle das arboviroses nos municípios conforme sua realidade local. Podem servir de subsídio para o processo de integração, do Agente de Controle de Endemias nas equipes da atenção básica. |