Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Regiane de Souza |
Orientador(a): |
Silva, Ilce Ferreira da Silva,
Koifman, Sérgio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34399
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Resumo: |
Introdução: O câncer de mama é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo devido sua elevada taxa de incidência e representa a principal causa de óbito por câncer nas mulheres no Brasil e no mundo. Para a detecção precoce desta neoplasia, é necessário estabelecer medidas de rastreamento que envolvam as mulheres nas idades recomendadas para a realização do exame clínico das mamas e a mamografia Objetivo: determinar o padrão de conhecimento, atitude e prática em relação à prevenção e a detecção precoce do câncer de mama em mulheres acompanhantes hospitalares residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal no município do Rio de Janeiro, RJ, no período de abril a julho de 2012. A amostra foi constituída de 367 mulheres acompanhantes hospitalares com idade acima de 40 anos, sendo 118 mulheres do Hospital Federal da Lagoa (HFL), 121 mulheres no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e 128 mulheres no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (INTO). Foi aplicado o questionário Study of Knowledge, Attitudes and Practices of Breast Health in Brazil, desenvolvido pela American Cancer Society. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Quanto ao conhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, foi observado inadequação nas respostas das entrevistadas sendo no HFL (66,9%), o maior percentual de respostas consideradas incorretas, enquanto que no INCA e INTO, 48,8% e 49,2% respectivamente (p=0,005). Quanto ao conhecimento dos fatores de risco associados ao câncer de mama, foi observado que somente 25,1% das entrevistadas obtiveram adequação na resposta, sendo 30,5% de acertos nas respostas no INTO, seguida de 27,3% no INCA e de apenas 16,9% no HFL (p=0,04). A realização do exame Papanicolaou nos últimos 18 meses (OR= 5,15 IC95% 2,16-12,30), a consulta com o ginecologista nos últimos 2 anos (OR=15,40 IC95% 3,08-77,52), a consulta regular ao profissional de saúde (OR= 2,47 IC95% 1,11-5,60) e a utilização de serviços não SUS ou misto (OR=3,25 IC95% 1,88-5,61), ter companheiro (OR= 2,10 IC95% 1,20-3,67) e a idade nos estratos de 50 a 59 anos (OR=4,96 IC95% 2,51-9,82); 60 a 69 anos (OR=2,94 IC95% 1,45-5,99); e > 70 anos (OR=7,13 IC95% 2,13-23,81) se apresentaram como fatores independentes para a prática do exame clínico das mamas e da mamografia. As atitudes das mulheres frente à prática da MMG apresentaram associações positivas e estatisticamente significativas para ter conversado com um profissional de saúde sobre a MMG (ORaj=2,91; IC95% 1,85-4,57), recomendação do profissional para que fizesse a MMG (ORaj=8,00; IC95%4,51-14,21),a mulher ter pedido ao profissional para fazer um MMG (ORaj=2,01; IC95%1,22-3,32) e ter a intenção de realizar uma MMG em dois anos ou menos (ORaj=6,39; IC95% 3,31- 12,31). Conclusão: Foi observada inadequação quanto ao conhecimento e crenças sobre o câncer de mama nas três instituições pesquisadas. A prática do ECM e da MMG está diretamente relacionada à prática do exame Papanicolaou nos últimos 18 meses, a utilização da rede de serviços de saúde não-SUS, a consulta com o ginecologista nos últimos 2 anos, a consulta regular ao profissional de saúde, a idade e conviver com companheiro. O conhecimento, as atitudes positivas das mulheres e as práticas preventivas de saúde adotadas pelas mulheres têm influência direta na prática recomendada da MMG aumentando a chance de realização do exame. |