Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Juliana Loureiro Silva de |
Orientador(a): |
Peixoto Filho, Fernando Maia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44515
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Resumo: |
Objetivo: A depressão pós-parto é a complicação de saúde mental mais comum do período puerperal e está associada a uma série de possíveis consequências adversas para as mulheres e seus filhos. Ressalta-se, portanto, a importância de sua identificação precoce, facilitada através da identificação dos fatores de risco para o desenvolvimento da DPP. Esse estudo tem como objetivo avaliar a relação entre a ocorrência de agravos perinatais e o desenvolvimento de depressão pós-parto. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com 456 puérperas, entrevistadas no Ambulatório de Pós-Natal do Instituto Fernandes Figueira \2013 FIOCRUZ. A DPP foi investigada através da Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e as informações sobre os desfechos perinatais como anomalias congênitas, parto prematuro, crescimento intrauterino restrito, baixo apgar e óbito perinatal foram pesquisadas no prontuário materno. Foi criado um modelo teórico hierarquizado abrangendo várias dimensões associadas aos agravos perinatais e à DPP visando orientar a análise multivariada de regressão logística e averiguar a existência de alguma potencial interação estatística na relação entre os desfechos perinatais e a ocorrência de DPP. Os agravos perinatais também foram modelados através de um escore a fim de investigar a existência de um gradiente na relação entre os agravos perinatais e a DPP. Resultados: A prevalência de DPP foi maior na presença de prematuridade, apgar <7, malformação congênita e óbito perinatal e a análise em escore dos agravos perinatais mostrou que o acúmulo de eventos perinatais adversos trouxe um risco progressivamente maior de DPP Mesmo após as etapas de desconfundimento, a presença dos agravos perinatais se manteve associada ao aumento da prevalência de DPP, com um OR de 1,20 (IC 95% 1,02-1,42) esse resultado se mostrou estatisticamente significante (p-valor = 0,025). Conclusão: Os agravos perinatais são fatores de risco independentes para DPP nesta análise, reforçando a relevância de seu estudo e de uma avaliação global da mulher durante o pré-natal e o pós-parto, focando também na saúde mental, facilitando o diagnóstico precoce e minimizando seus efeitos deletérios. |