Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Robson |
Orientador(a): |
Silva, Luciano Kalabric |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60861
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os Portadores de coagulopatias congênitas apresentam o risco elevado de contrair a infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) devido ao uso de sangue, seus componentes e derivados, tendo sido minimizado pelas políticas do sangue. Em um estudo realizado na Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (HEMOBA) há 16 anos com hemofílicos, a soroprevalência do VHC foi de 42% (IC 95% 36%-48%), sendo que o genótipo 1 do VHC (74%) foi o mais prevalente, seguido pelos genótipos 3 (22%) e 2 (4%) (Silva et al., 2005). O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência atual de infecção pelo VHC em hemofílicos e portadores de outras coagulopatias congênitas. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo possui dois componentes, um de corte transversal, para determinar a prevalência das infecções provocas pelo VHC, e outro tipo caso-controle, para analisar os fatores de risco e associação com gravidade da doença de base. Entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2016, foram incluídos no estudo 172 pacientes com diagnóstico laboratorial de hemofilia ou outras coagulopatias congênitas atendidos na HEMOBA, mediante assinatura do TCLE, entrevista e coleta de amostras de sangue. As amostras foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-BA) para realização imunoensaio de 4. geração (Architect, Abbott), exames moleculares para detecção qualitativa, quantificação e genotipagem do VHC-RNA, pelo método Real Time VHC (Abbott). RESULTADOS: A maioria dos participantes foi do sexo masculino 94%; residentes em cidades do interior da Bahia (69%), pardos ou negros (77%) e estado civil solteiro (69%). A média de idade foi de 26,2 anos e desvio padrão de (15,9) anos (mín. 2 anos – máx. 71 anos). A coagulopatia congênita mais frequente foi a hemofilia A (81%). A maioria dos pacientes (91%) já realizaram transfusão de sangue, seus componentes e derivados, e destes, 31% o fizeram antes de 1993. A soroprevalência do VHC foi de 21% (IC 95% 15%-28%), com dois casos soropositivos nascidos após 1993. A viremia foi detectada em 70% dos soropositivos. A maioria dos soropositivos (80%), tinham conhecimento prévio da infecção, mas apenas 24% destes tinham histórico de tratamento antiviral. O genótipo 1 foi o mais frequente (77%), seguido do genótipo 3 (9%) e do genótipo 2 (5%). O genótipo foi indeterminado em 9% dos pacientes. CONCLUSÃO: Apesar da importante redução na prevalência de infecção do VHC, essa prevalência do VHC ainda é muito alta quando comparada com a prevalência na população geral da Bahia (1,5%). O tratamento com as novas DAAs poderá contribuir para minimizar o risco residual de transmissão e o débito social pelas infecções ocorridas no passado nesta população. |