Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Santos, Maria Auxiliadora Bessa |
Orientador(a): |
Mattos, Inês Echenique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5029
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Resumo: |
O envelhecimento populacional tem ocorrido de maneira acentuada nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, nas últimas décadas. Estudos de base populacional têm sido realizados e podem ser utilizados como ferramenta para o planejamento das políticas públicas direcionadas aos idosos. O objetivo deste estudo foi conhecer as condições de vidas e saúde da população idosa do município de Guaramiranga, Ceará, em 2007. Tratou-se de um estudo transversal de base populacional, em que foi aplicado um questionário adaptado do Projeto SABE, em 438 idosos residentes no município. A análise descritiva das variáveis do estudo foi efetuada através da determinação de medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas e de distribuições de freqüência para as variáveis categóricas. O teste estatístico do qui-quadrado foi empregado na análise da presença de associações entre as variáveis do estudo. A análise dos dados foi efetuada com o pacote estatístico SPSS 12.0. Quanto ao perfil sócio-demográfico, 60,3% (n=264) da população idosa pertence ao sexo feminino e 39,7% (n=174) ao sexo masculino, sendo que a faixa etária predominante corresponde aos 60-69 anos de idade. Os idosos apresentam baixa escolaridade, com 42,7% de analfabetos e o percentual de aposentados é de 87,42% (n=383). Com relação à saúde autoreferida, 208 (47,5%) idosos referiram saúde entre excelente e boa. Entre os idosos de 60-69 anos, mais de 50% considerou sua saúde como excelente ou boa, enquanto, na faixa etária de 70-79 anos, esse valor correspondeu a 45% e, entre aqueles de 80 anos ou mais, foi de cerca de 31%. Com relação à auto-referência a doenças crônicas, 240 idosos (55,0%) se declararam hipertensos, 69 (16,0%) informaram ser diabéticos e 35 (8,1%) referiram doenças crônicas do pulmão. Essas três condições crônicas, assim como o relato de internação prévia por doenças do coração, mostraram-se associadas à condição de saúde auto-referida regular ou ruim. A prevalência de deficiência visual auto-referida foi de 73,9%, sendo que, entre os indivíduos de 80 anos ou mais, correspondeu a 85,9%. Deficiência auditiva foi referida por cerca de 29,1% dos idosos. A prevalência auto-referida de problemas articulares foi de 31,1% no conjunto da população, com prevalências de 35,2 e 41,2% nas faixas etárias de 70-79 anos e 80 anos e mais, respectivamente. Para osteoporose, a prevalência auto-referida foi de 4,6%. Um elevado número de idosos (426; 97,5%) referiu perda de elementos dentários. Quanto às deficiências sensoriais, foi observada prevalência de 29,1% para a deficiência auditiva e de 73,9% para a deficiência visual. Quanto às atividades de vida diária, observou-se prevalência de 33,1% e de 33,6%, respectivamente, para dificuldades de caminhar e de sair sozinho, ambas mais freqüentes no sexo feminino e nos idosos com 70 anos ou mais. Acreditando que esse estudo poderá favorecer a implementação de políticas públicas voltadas para o idoso no município, sugerem-se ações que podem ser desenvolvidas: criação de indicadores de saúde da população idosa; implantação de ações voltadas para a promoção de um estilo de vida saudável entre os idosos; promover avaliação complementar das queixas relativas a deficiências sensoriais e problemas ósteo-musculares, para o planejamento de referências dos idosos a serviços de saúde especializados, quando necessário; entre outros. |