Vitrine das ciências: a divulgação científica nas revistas cariocas Kósmos, Século XX e Renascença (1904-1909)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alcântara, Josiane Silva de
Orientador(a): Kodama, Kaori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24010
Resumo: O presente trabalho busca analisar a divulgação científica veiculada pelas revistas de cultura geral, com enfoque científico-literário, Kósmos, Renascença e Século XX. Estas revistas circularam no Rio de Janeiro entre 1904 e 1909, e tinham como objetivo cobrir o projeto de modernização urbana da Capital Federal. Com a colaboração de reconhecidos intelectuais dos principais institutos culturais do país – em especial a Academia Brasileira de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Nacional de Belas Artes – estas revistas buscaram produzir sensibilidades em seus leitores que referenciam uma ideologia de progresso, que passava especialmente pelo campo científico, como forma de pensar a produção da modernidade e da nação. Kósmos, Renascença e Século XX procuraram representar a ciência em posição central, expondo, desta forma, o processo de profissionalização e institucionalização da ciência brasileira entre o final do século XIX e início do século XX. Assim, estas revistas investiram em uma divulgação da ciência que utilizou uma linguagem muito próxima daquela usada por seus praticantes, concebendo que os seus interlocutores dispunham de uma formação culta com interesses em ciências como forma de distinção. Os colaboradores em ciências foram, principalmente, cientistas e boa parte dos seus textos versaram sobre o próprio meio científico, construindo para si identidades que vão significar a ciência e seus atores como missionários, especializados e necessários para eliminar certos entraves que impediam a inserção do país no concerto das grandes nações.